Entrevistas


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Andréia Roma pergunta:

Graça fala um pouco sobre sua trajetória e experiência na Educação? Quem é você para educar?

Graça Santos responde:
Amo o que faço! Sou uma pernambucana arretada! Primeira filha de uma família típica pernambucana com 6 filhos. Cedo, mamãe, apresentou-me os conceitos que ainda hoje me possibilitam o maior número de conexões, mas que principalmente me ensinaram a SER GENTE.

 “Escreveu, não leu, o pau comeu", "Quando chegar quero encontrar pronto" e "Só te ensino uma vez". Este é o tripé que estrutura estas conexões, e após os filtros mentais, percebo o quanto ela, demonstrou sua competência amorosa disseminando os valores universais, projetando-me para um mundo de possibilidades para que eu desenvolvesse as múltiplas potencialidades criativas para resolução de problemas. 

Cedo aprendi o significado do verbo cuidar. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Cedo aprendi a transgredir para SER. Ser Resiliente. Ao entrar em contato com estas potencialidades percebo que a forma como fui criada vem garantindo a minha busca em direção a um mundo melhor. Sou curiosa e comunicativa. Tenho uma alma animada e principalmente gosto de gente! Ao final deste ano posso contar que os 35 anos de convivência na e pela EDUCAÇÃO, me fizeram uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder, e que antes de tudo EDUCAR é um ato de amor presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Apreendi intensamente, sendo mãe.

Na caminhada em busca do quem sou eu para educar, conheci e convivi com pessoas surpreendentes de áreas que influenciam o eterno e infinito desejo transdisciplinar de me dedicar ao despertar do potencial humano, sempre fundamentada numa proposta, cuja base são os Valores Humanos.

Alguns penduricalhos configuram na jornada acadêmica como Professora, Pedagoga e Orientadora Educacional. Outros, tão ou mais importantes, só poderemos perceber quando caminharmos juntos, ousarmos olhar nos olhos, nos abraçarmos e sentirmos a nossa ecologia pessoal.

Há 35 anos, na área educacional, sendo que 27 destes, dedicados à educação pública, onde iniciei como Professora da Classe de Alfabetização no CIEP 099 -  Dr. Bolívard Gomes de Assumpção, na Baixada Fluminense. Foi o momento de minha projeção para o mundo dos professores protagonistas. APRENDER A SER PROFESSORA, APRENDER A ENSINAR E APRENDER A TREINAR PROFESSORES eram algumas das brilhantes metas revolucionárias de Darcy Ribeiro, o Educador que criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP).  Fui muito feliz, e nesta época, apenas com 22 anos de idade, participei ativamente da implantação de um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio Teixeira.

Exerci ainda o cargo de Diretora Adjunta Pedagógica, Professora Orientadora, Coordenadora Pedagógica de Ensino Médio, Coordenadora Pedagógica dos Cursos de Contabilidade e de Meio Ambiente, entre outros. Fui Coordenadora Estadual de Ensino Médio, momentos em que apreendi o pensamento estratégico sistêmico na prática.

Conheci a Programação Neurolinguística na década de 90. De lá para cá, venho de forma autodidata pesquisando e apreendendo a essência e a estrutura desta mágica ferramenta de melhoria da comunicação e das relações humanas em todos os contextos, ora pessoais e profissionais.

Como Orientadora Educacional em instituição privada foram elaborados projetos com foco em professores, alunos, pais e responsáveis da Educação Básica, além de coordenar pedagogicamente o grupo de professores da disciplina de Física na elaboração do Projeto Pedagógico. Ministrei ainda aulas de Filosofia e Sociologia para turmas de Ensino Médio.


Quem sou eu para educar? Uma profissional inquieta, que tem como propósito inspirar e capacitar pessoas e profissionais para a transformação desejável, por meio de vivências que conduzam ao realinhamento cultural das crenças, valores, hábitos e atitudes com foco na excelência de resultados e na lucratividade pessoal.


Andréia Roma pergunta:
Como, e quando surgiu a ideia de trabalhar com o Coaching voltado ao meio educacional?

Graça Santos responde:
Esta pergunta instigante me remete aos bancos acadêmicos e a legislação que respalda a formação acadêmica, além de me apoiar nos escritos da Professora Mírian Paura, em que analisa o Espaço Filosófico da Orientação Educacional. Tenho três profissões... Professora, Pedagoga e Orientadora Educacional, esta última regulamentada pela Lei nº 5.564/68 que destaca o educador que tem compromisso com a formação de um cidadão crítico e consciente, bem como as funções de coordenar, planejar, sistematizar e participar. Cabe ainda destacar que em Orientação Educacional, é importante, não é apenas o saber teórico, mas o saber competente e compromissado com a educação e a realidade do país. É posto ainda que além dos conhecimentos específicos, há de se ter conhecimentos antropológicos, políticos, econômico, históricos. Esta formação acadêmica garante que a minha atuação como Coach Educacional deve ser dimensionado pelo ponto de vista das ideias pedagógicas, atenta a intercessão da Orientação com a Educação e com o processo de Coaching. Concluindo esta resposta o papel de mediadora entre a prática valorativa das pessoas (alunos, professores, equipes pedagógicas, pais e funcionários) e as exigências da sociedade já faziam parte das minhas escolhas, no momento da entrada para o mundo da Educação. Sou professora desde os 14 anos de idade, Pedagoga e Orientadora Educacional desde 1996, e neste período, modelei a atuação encantadora de muitos professores, o que baliza o trabalho e as propostas do primeiro livro sobre Coaching Educacional, além de ter formação em PNL pelo INeP – Instituto de Neurolinguística e Psicologia Aplicada e Coach Professional pela ABRACOACHING – Academia Brasileira de Coaching.

Andréia Roma pergunta:
De 1 a 10 o quanto você acredita que a ferramenta coaching pode mudar a educação ? E porque?

Graça Santos responde:
Mudar a Educação?  É uma pretensão histórica e cultural de todos nós, no entanto ela está em permanente mudança. No entanto, tenho a crença de que se quero, eu posso pensar global e agir local. Afinal tenho conhecimento e treinamento no processo de Coaching e tenho  disponível uma poderosa caixa de ferramentas com ideias e estratégias para professores, pais e gestores que querem aumentar seu poder de persuasão e conhecimento. Há de se disseminar que o Coach seja percebido como um maestro no desenvolvimento pessoal e profissional.


Andréia Roma pergunta:
Hoje no Brasil a vários ruídos na Educação, qual sua opinião sobre isso? E o que você aborda sobre as mudanças em seu livro?

Graça Santos responde:
Os ruídos na Educação Brasileira evidenciam a abençoada crise e quanto o processo está em permanente construção e (re)construção, o que gera oportunidades que despertam para as mudanças que  envolvem  esforços de várias ordens, das mais simples as mais complexas. O livro Coaching Educacional evidencia o registro de simples experiências como Pedagoga e Orientadora Educacional treinada para desenvolver e registrar suas próprias concepções pedagógicas com relação ao HOMEM, ao MUNDO, a SOCIEDADE, a CULTURA, ao CONHECIMENTO, a ESCOLA, ao ENSINO E APRENDIZAGEM, a RELAÇÃO INTERPESSOAL, a METODOLOGIA e a AVALIAÇÃO.

Andréia Roma pergunta:
Qual a visão que você tem sobre a liderança no meio educacional?

Graça Santos responde:
Para ilustrar a resposta, lanço mão dos fragmentos do texto baseado na transcrição da palestra de Roberto Crema “Liderança no Século XXI: impactos da passagem do milênio”, proferida no Centro Cultural da Câmara dos Deputados e irradiada pela TV Câmara e TV
Senado, em maio de 1998.

 (...) Vivemos um tempo absurdo, onde perdemos a escuta. Alguém perguntou a um índio de 101 anos, um Xamã, um Pajé americano: - O que você faz? Ele disse:

-          Eu ensino meu povo.
-          O que você ensina?  
-          Quatro coisas, ele respondeu: Primeiro, a escutar;
-          Segundo: que tudo está ligado com tudo;
-          Terceiro: que tudo está em transformação;
-          Quarto: que a terra não é nossa, nós é quem somos da terra.

Os liderados mudaram. A sociedade passa um desafio dramático de liderança. As pessoas não aceitam mais fazer as coisas por simples obrigação. Além dos objetivos, mesmo que ainda não muito claros, elas tem mais oportunidades de escolhas. O líder precisa desenvolver a capacidade de inspirar, e construir com seus liderados, professores e alunos, um sonho comum.  E para isso, se faz necessário a ressignificação dos conceitos de liderança, ampliando a consciência de ações estratégicas tais como: inspirar, motivar, conciliar e apontar o caminho à frente.

Andréia Roma pergunta:
E quais os benefícios que professores e alunos, orientadores, e outros no meio educacional, vão ter ao ler o seu livro, e futuramente participar de seu treinamento Coaching Educacional?

Graça Santos responde:
Para o leitor aproveitar ao máximo os sete capítulos do livro chamo a atenção para  as metáforas que utilizei em homenagem à minha primeira Coach, minha mãe, uma costureira que me ofereceu linha, agulha, tesoura e os apetrechos necessários para eu “costurar” uma história única, real e exclusiva. Aprecio muito as metáforas, pois além de se comunicar com os dois lados do nosso cérebro é uma poderosa ferramenta na educação que nos transporta do estado atual para o estado desejado por meio do encantamento. O livro oferece registros de experiências sustentadas na experiência profissional, orientando quem orienta a buscar novas possibilidades na sua própria experiência, além de informar a evolução do Coaching, desde o seu surgimento do termo  na Inglaterra em 1500. Seguindo em frente são apresentados cases que envolvem alunos da Educação Básica e um diálogo virtual, evidenciando a aplicabilidade do Coaching por meio das redes sociais. O livro configura-se numa fonte de inspiração e criatividade para realização de um trabalho combinado com a sua expertise. Para participar do Treinamento ORIENTADO QUEM ORIENTA: Coaching Educacional, propõe experiências que envolvem PNL, Endoquality, Storytelling, Didática, Inteligência Emocional, Orientação Profissional, gerando Autonomia de Conhecimento fundamentadas nos Valores Humanos. Se você tem foco, vontade e capacidade,  está pronto para a projeção de um novo design com ações simples e poderosas. Curioso? Curiosa? Venha potencializar os seus talentos!

Andréia Roma pergunta:
Para finalizar a entrevista, quero que você fale sobre sua missão em ter lançado um livro voltado ao meio educacional? E o que você diria a professores, orientadores, e outros no meio educacional, sobre a experiência de publicar seu livro depois de mais de 35 anos voltados a Educação?

Graça Santos responde:
Lembro-me de certa magia quando li para vovó pela primeira vez. Eu estava sentada no batente da casa onde eu morava, por volta dos meus 6 anos de idade. Na década de 70 lembro-me da compra do meu primeiro livro,  Pollyana, de autoria de Eleanor H. Porter, que conta a história de uma menina que enfrenta dificuldade, sempre tirando o melhor da situação. Li a maioria dos livros que compõem a minha biblioteca, no entanto, o desejo de escrever ideias e projetos realizados, foi evoluindo a partir dos resultados obtidos e registrados. Registros envelopados, estudos e pesquisas, rascunhos de anotações de participações em eventos... O que fazer com tanto material valioso? Tomei a decisão de escrever, de expor ideias e intenções sem medos das críticas. Muitos rascunhos... Inúmeros começos e recomeços...Hora de praticar o que a escola ensinou quando passava como “dever de casa”, assistir ao documentário Amaral Neto, o repórter, e na segunda-feira, ler em voz alta o relatório escrito. A escola cumpriu seu papel, a universidade mais ainda. Desenvolvi o foco, a vontade e a capacidade, que hoje, na Era do Conhecimento, são consideradas a CHAVE, para o profissional de qualquer área  do mundo do trabalho. Pesquisa, monografias, TCCs...O que se faz com o material estudado? Alguns, eu transformei em palestras, no entanto, havia um chamado para protagonizar a escrita de um livro. Ousei. Em 2007, criei o primeiro blog ORIENTANDO QUEM ORIENTA, expressão  baseada nas experiências da época em que gerenciava o conhecimento pedagógico  52 escolas. Nele passei a comunicar e a compartilhar ideias, não apenas minhas. Em meados de 2012 conheci pela rede social chamada Facebook a C.E.O e Diretora de Projetos da Editora Leader, Andréia Roma que usando sua lógica interna, observou a vitrine que é a rede social, e resolveu ESCUTAR os valores que norteiam a minha jornada pessoal e profissional. Em seguida a ABRACOAHING -  Academia Brasileira de Coaching que é um dos parceiros da Editora Leader, compra a ideia e apoia o livro. Portas se abrem. Torno-me escritora. Empresários visionários apoiando uma Professora, Andreia Roma e Bruno Juliani, conhecem o ambiente atual e suas exigências, e estão atentos para a criação de oportunidades para quem tem projeto.

Professores, boas práticas, você as tem!? Inspirem-se! Escrevam! Vamos juntos?



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Andréia Roma entrevista Jacqueline Cerqueira

TEMA DO ARTIGO: DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES ORGANIZACIONAIS ATRAVÉS DO COACHING EXECUTIVO

Andréia Roma pergunta:
Qual o propósito do coaching executivo?

Jacqueline Cerqueira responde:

É o desenvolvimento das habilidades do líder. É um processo que ajuda o profissional a se livrar de seus conflitos, oferecendo apoio para transformar seu aprendizado em resultados para a organização.

Andréia Roma pergunta:
Como é composto um processo de coaching para líderes?

Jacqueline Cerqueira responde:

Para este objetivo, usa-se uma grande variedade de técnicas e métodos comportamentais para ajudar o profissional a alcançar as metas mutuamente identificadas, a fim de melhorar seu desempenho profissional e sua satisfação pessoal. Este processo é baseado na criação de um relacionamento favorável e de colaboração entre coach e coachee, finalizando com um acordo formal voltado para o aprimoramento de habilidades e competências relacionadas à carreira ou aos negócios.

Andréia Roma pergunta:
A quem o coaching executivo é direcionado?

Jacqueline Cerqueira responde:
É direcionado a líderes organizacionais, quer estejam ou não em posição formal de liderança. Independentemente do porte da empresa e do segmento de atividade.

Andréia Roma pergunta:
Por que empresas contratam coaches?

Jacqueline Cerqueira responde:

Essencialmente para desenvolver habilidades de liderança. Em grau menor é também aplicado para corrigir problemas de desempenho; acelerar o desenvolvimento da carreira; reter profissionais com alto potencial e gerenciar líderes em transição - em situações de promoções, movimentação interna e em desafios internacionais visando trabalhar a sensibilidade intercultural.
Ressalto que, com relação a corrigir problemas de desempenho, existem outras práticas mais apropriadas para a gestão de desempenho, no intuito de corrigir performances inferiores. Sendo assim, existirá uma descaracterização da metodologia coaching se esta for aplicada somente para este fim, transformando-a em ferramenta de reparo ao invés de ferramenta de desenvolvimento. 

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A Coach e Editora Andréia Roma entrevista a profissional Coach Ana Penarotti, com vasta experiência na área de gestão e organização.

Ana Penarotti é Sócia da consultoria Tríax Treinamento e desenvolvimento Humano

Facilitadora no INVENT®

Consultora “DISC” nível avançado pela E–talent. E coautora do livro Pnl & Coaching que será lançado em abril de 2013.


Tema:

 Psicodrama X Coaching

“A aplicação do Psicodrama e da ferramenta Coaching para aumentar o desempenho e qualificação de profissionais nas organizações.”


Andréia Roma pergunta:
Alguns dos principais motivos para a demissão de executivos são:  falta de              resultados, pouco conhecimento técnico e ausência da capacidade para a gestão de pessoas. Você acha que esses motivos seriam eliminados com a adoção de uma abordagem coach no cotidiano empresarial?

Ana Penarotti responde:
Certamente, estudos apontam que executivos e colaboradores que participam de treinamentos gerenciais aumentam sua produtividade em média 22% e aqueles que participam de processos de coaching após estes treinamentos, aumentam a sua produtividade em 88%. As empresas que investem tempo em fornecer feedback e processos de coaching para seus executivos, demitem menos e seus resultados são mais satisfatórios.

Além disso, um líder pode ser facilmente identificado pelos resultados apresentados pela sua equipe. Líderes medianos tem equipes com colaboradores que apresentam resultados pouco satisfatórios, já as empresas que investem em um líder coach, apresenta resultados extraordinários, pois este tipo de líder traça estratégias de sucesso, estimula o potencial individual, identifica motivadores e é capaz de gerar grandes resultados.

Andréia Roma pergunta:
Desenvolver lideranças entre os funcionários pode gerar conflitos já que muitos deles querem tornar-se líderes. Como prevenir esta situação?

Ana Penarotti responde:
Em primeiro lugar, precisamos compreender que as pessoas possuem motivações diferentes. Em uma equipe nem todos estão buscando a liderança ou uma mesma posição. O Líder coach é capaz de identificar os talentos de sua equipe e conduzi-los ao sucesso respeitando interesses, preferências, ritmo e fornecendo feedback constante. Já os colaboradores quando passam por um processo de coaching definem metas próprias, sentem-se inspirados a buscar seus próprios objetivos, comprometem-se com os resultados da organização e principalmente seu sucesso. Consequentemente os processos de coaching contribuem para a melhoria nos relacionamentos entre chefes, subordinados e pares, aumentam o nível de satisfação com o trabalho e o comprometimento com a empresa.

A competição sempre vai existir, porém o líder terá que desenvolver habilidades para lidar com as adversidades, gerenciar conflitos, construir um ambiente harmonioso e estimular o respeito entre as pessoas.

Andréia Roma pergunta:
Como podemos conhecer o nosso Talento?

Ana Penarotti responde:
Existem inúmeras ferramentas disponíveis no mercado com características diferentes, geralmente o indivíduo preenche um questionário com perguntas sobre situações do cotidiano e um sistema traz as preferências cerebrais. Com estas informações o indivíduo pode focar suas ações nos aspectos que pretende desenvolver, outra forma é solicitar feedback aos colaboradores a respeito do seu trabalho ou gestão.

Andréia Roma pergunta:
Você não acha que as pessoas possuem todos os comportamentos?

Ana Penarotti responde:
Sim, nós apresentamos e utilizamos uma infinidade de comportamentos e reações diferentes o que acontece é que temos preferências cerebrais. Algumas pessoas dão mais foco e importância para estarem com pessoas, outras preferem trabalhar sozinhas. Uns gostam mais de seguir regras e normas e outros gostam mais de liderar. Isso significa que em situações de stress, vamos buscar aqueles comportamentos que nos são mais agradáveis, e respondemos automaticamente.

Andréia Roma pergunta:
O que você quer dizer com uso excessivo de seus talentos?
           
Ana Penarotti responde:
Todas as pessoas possuem talentos, que é a forma como respondemos aos estímulos externos. Quando usamos nosso talento de forma excessiva, exagerada ela vira nosso maior veneno. Por exemplo, uma pessoa sociável em excesso pode invadir a privacidade de outras. Uma pessoa que é determinada e com foco em resultados pode ficar irritada com respostas mais detalhadas e lentas, outra pessoa que precisa sentir-se segura para tomar uma decisão tende a procrastinar.

Andréia Roma pergunta:
Qual o principal propósito do uso do psicodrama nas sessões de coaching?

Ana Penarotti responde:
O psicodrama, através de técnicas de dramatização, inversão de papéis, espelhamento entre outras é capaz de contribuir com o autoconhecimento, identificação de comportamentos e principalmente, treinar, criar comportamentos novos para atingir resultados.
O psicodrama trabalha a espontaneidade. O uso destas técnicas nas sessões de coaching, permite ao coachee sentir-se seguro para enfrentar um problema ou uma situação nova.

Andréia Roma pergunta:
Como o psicodrama pode contribuir no processo de coaching?

Ana Penarotti responde:
No psicodrama, o cochee representa situações do cotidiano, inverte os papéis, coloca-se no lugar do outro e com isso percebe como o outro responde as situações espontaneamente e como se sente. Proporciona o autoconhecimento e promove melhorias nas relações interpessoais, enfrentando corajosamente as situações do cotidiano.

Andréia Roma pergunta:
Explique as fases de desenvolvimento de papéis. E como ela pode contribuir nos processos de coaching.

ROLE TALKING ou assumir o papel: consiste em estimular o indivíduo a falar dos diversos papéis que vivencia, como age, como atua, como se percebe.

ROLE PLAYING ou atuar no papel: consiste em colocar o indivíduo em ação no papel específico que se quer trabalhar. Role Playing, significa jogo, treinamento ou aprendizagem do papel, é o procedimento dramático que tem por objetivo a aprendizagem e estruturação. Pode ser utilizado em treinamentos profissionais ou para desenvolver qualquer novo papel social que se queira atuar (vendedor, secretária, gestor, noivo ou noiva, esposa ou marido, mãe ou pai, filho ou filha).

ROLE CREATING ou atuar de forma criativa no papel, que consiste em desempenhar de forma espontânea o papel em um momento real.
Nesta etapa, após ter desenvolvido novas respostas ao meio, a partir do role playing, o indivíduo já possui um estoque de novos comportamentos que poderá utilizar em situações do cotidiano.

Andréia Roma pergunta:
Que resultados você tem observado, utilizando o psicodrama?

Ana Penarotti responde:
Percebo que ao reconhecer seus comportamentos, o indivíduo é capaz de criar novas formas de agir. Treinar novos comportamentos e planejar sua própria vida. Ele é capaz de vivenciar situações novas antes mesmo de enfrentá-las. A vida passa a ser um grande teatro.

Ana,  quero agradecer sua contribuição e conhecimento.

Andréia Roma

Obrigada pela oportunidade.

Ana Penarotti




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A Coach e Editora Andréia Roma entrevista a profissional e Coach Fernanda Dutra que é sócia da Consultoria Tríax Treinamento e Desenvolvimento Humano, consultora sênior e facilitadora no INVENT e consultora "DISC" nível avançado pela E-talent. Professora no Senac e Sincor. Formada em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, em Artes Plásticas pela  Escola Panamericana de Arte. Possui pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas e em Marketing ambos pela Universidade Mackenzie. É também especializada em Consultoria Interna pela Adigo Consultores, Master Practitioner em Programação Neurolinguística pela SBPNL, Gestão Estratégica em Neurobusiness pela Tai e Coaching Internacional pela Academia Brasileira de Coaching. Sua experiência profissional inclui atuação como consultora nas áreas de  Marketing, Vendas, Recursos Humanos e Comportamentais nas empresas: Porto Seguro,  Real Seguros, Cardif, HDI, Arcelor Mittal, Ford, dentre outras.

Tema:
Coaching e o uso da Intuição e Criatividade para potencializar as tomadas de decisão


Andréia Roma pergunta:
O que e intuição e qual a diferença da decisão puramente racional?

Fernanda Dutra responde:
A intuicao vem do latim intueri, que significa ver de dentro, contemplar o interior, ou seja uma sabedoria que temos e que muitas vezes nao sabemos que existe. Cientistas falam muito sobre nossa capacidade de ver o futuro antes do presente, Dick Burman e Dean Radin fizeram um experimento muito interessante, eles colocaram pessoas em frente a um computador onde apareciam imagens de forma randômica, com intervalos de tempo variados. Através de respostas galvânicas da pele mediam as emoções, na verdade o paciente não tinha a menor ideia de que figura viria, eles perceberam que milésimos de segundos antes de uma foto aparecer já era possível identificar as reações. Como? Outros cientistas ratificaram este experimento entre outros e a conclusão que chegaram e que o cérebro de fato visualiza o futuro antes mesmo do presente, ou seja , a intuição.
Na verdade a intuição complementa o processo racional, um não elimina o outro, por exemplo posso receber uma proposta de trabalho tentadora e por estar bem empregada gera uma dúvida, faço ponderações das minhas perdas e ganhos e ainda assim não ter uma definição. Ai me vem o sentimento de que devo seguir por um caminho x… está aí  a intuição.

Andréia Roma pergunta:
Mas como a intuição, que é uma forma imprecisa, quase esotérica, pode ser usada no mundo corporativo que é tão racional, onde perdas são prejuízos, com garantia de sucesso?

Fernanda Dutra responde:
Eu não acredito em garantia de sucesso nem em decisões racionais e nem nas intuitivas. Mesmo em grandes planejamentos pode haver falhas. O que de fato acredito é que somos capazes de conquistar o que almejamos e para isso precisamos de nossas capacidades racionais e intuitivas. A intuição e ainda vista como algo esotérico, mas é um campo mais profundo. Não tenho nada contra o esoterismo, só não podemos confundir as coisas. A intuição é um campo que dominamos quando comandamos nossos instintos. Nós temos três instintos básicos, que é o medo, a raiva e a carência. Todos nós temos para garantir nossa sobrevivência, afinal o medo me protege de pular do 10º andar de um prédio, a carência para procriar e a raiva para me defender. O medo me leva a querer controlar tudo, como isso não é possível, gera frustração, a carência me leva ao senso de escassez, da falta, ou seja não tem para todo mundo, preciso agarrar o que tenho, não tem outro jeito, não tem outro caminho e a raiva me leva a um padrão de reação com o mundo onde nada esta bom o suficiente e isso gera infelicidade. O fato é que o instinto busca a sobrevivência, mas não pode nos dominar. O antídoto do medo e a fé, acreditar que e possível, da raiva é o amor, a entrega, criatividade e da carência é o senso de abundancia, ver um mundo onde tem espaço para todo mundo. Isso leva a explorar melhor as possíveis soluções nos problemas do dia a dia. O profissional que atua conectado a este campo da intuição fica provido de uma inteligência espiritual e intuitiva e com isso gera soluções mais rápidas e criativas em problemas ou direcionamentos estratégicos nas empresas. São pessoas com extremo bom humor, mesmo em crises. Isso hoje no mundo corporativo são os profissionais de ouro.

E te digo mais, profissionais que possuem uma vasta experiência na área onde trabalham, ao aliar esta capacidade intuitiva em suas decisões, potencializam suas capacidades. Infelizmente muitos acabam usando sua experiência para criar paradigmas e verdades absolutas que atrapalham este processo.

Andréia Roma pergunta:
E como essa verdade absoluta e excesso de autoconfiança podem atrapalhar na conquista de um resultado?

Fernanda Dutra responde:
Quando pergunto em treinamento o que é melhor: a dúvida ou a certeza, a maioria responde que é a certeza. Eu prefiro a dúvida, pois ela me permite olhar ao meu redor e ver se este e o melhor caminho. Nietzsche com maestria já dizia que a maior inimiga da verdade não é a mentira e sim a convicção. Pessoas que tem verdades absolutas fecham este campo da intuição, pois acreditam que sabem demais de um assunto e seguem caminhos nos quais estão acostumados a seguir. O risco é que o mundo muda, tudo esta se transformando e muitas vezes o que deu certo no passado não é mais adequado neste momento e isso pode atrapalhar o resultado.alem disso as vezes é preciso tomar uma decisão muito rápida ou algo deu errado no planejamento, estar aberto a novas possibilidades e para a intuição e fundamental.

Andréia Roma pergunta:
E o uso da criatividade? Como entra neste processo?

Fernanda Dutra responde:
A criatividade como falei aparece automaticamente no campo da intuição, pois se acredito profundamente nas minhas capacidades interiores, busco com amor resultados e tenho um senso de que para todo problema tem uma solução, minhas alternativas serão mais criativas. Isso gera uma neuroplasticidade em meu cérebro que permite ver mais opções, ampliar minhas crenças e visão de mundo.

Andréia Roma pergunta:
E o que e Neuroplasticidade? Como funciona?

Fernanda Dutra responde:
A neuroplasticidade e a flexibilidade cognitiva que temos. Assim como exercitamos nosso corpo, podemos exercitar nossa mente. Você vai em uma academia, ou prática um esporte e quanto mais exercícios vai adquirindo mais flexibilidade, com o cérebro também é assim. Posso criar mais conexões. Para entender melhor, através das cadeias neurais, as sinapses, eu aprendo quando criança que existem objetos redondos, frutas, a cor vermelha e sabores adocicados, quando conecto estas cadeias, tenho uma maca. A primeira vez que dei para minha filha uma maça verde, ela me perguntou se era uma pera, pois gerou uma dissonância já que ela só conhecia a maça vermelha. Mesmo eu falando que era uma maça, por um tempo ela me perguntava se tinha mais pera-maça para comer, depois ela passou a entender que havia dois tipos de maças. É assim que funciona nossas sinapses, passo a ampliar as possibilidades do meu campo de visão.

Andréia Roma pergunta:
Durante seus atendimentos de coaching, quais ferramentas que utiliza para despertar essa chamada inteligência intuitiva?

Fernanda Dutra responde:
Uso muito a arte como canal para a intuição. Sou artista plástica e pinto desde meus 9 anos. Quando estava na faculdade, estudava Administração de Empresas e fazia o curso de Artes Plásticas simultaneamente, era no mínimo curioso que uma estudante de artes, estivesse com livros de economia e finanças na mão e em contrapartida com livros de arte em aulas de contabilidade por exemplo. Mas isso é o que trazia para mim um equilíbrio fantástico, pois podia estimular o hemisfério esquerdo com a lógica e o direito com a intuição e criatividade. Mais tarde, na minha primeira pós, aprofundei-me neste assunto na minha monografia. Baseado no estudo de Betty Edwards, que gerou o livro "Desenhando com o lado direito do cérebro", passei a aplicar um exercício nas sessões de coaching, onde a pessoa desenhava um cavaleiro com um cavalo. Quem estudou arte sabe o quanto e difícil desenhar mãos, pés, cavalos. Imagine uma pessoa que nunca teve nenhuma aula de desenho, ou contato com arte antes. O fato e que a figura é colocada de cabeça para baixo e colocamos uma folha em parte da imagem. Ao desenhar, ao invés da pessoa pensar: “nossa isso é um cavalo, esta é uma cabeça e não sei desenhar”, ela passa a ver curvas e traços que podem ser facilmente copiados. Também não pode utilizar a borracha, isso faz com que a pessoa ao errar transforme criativamente um traço em sombra por exemplo. O que mais me fascina e que os resultados são fantásticos, são desenhos bem profissionais e maduros. Geralmente causa grande surpresa. Existem outros exercícios que a arte nos amplia a visão e fortalece a sensação de que somos mesmo capazes de realizar através da nossa sabedoria interior. Mas é preciso acreditar nisso! Além da arte, o uso de várias ciências e estudos mesclados enriquecem o processo, uso, por exemplo, a Antroposofia, Neurociências, Programação Neurolinguística, Psicodrama, entre outros.

Andréia Roma pergunta:
E quais são os resultados? Você tem algum dado para demonstrar o sucesso deste processo na pratica?

Fernanda Dutra responde:
Muitos casos, coachees que mudaram sua carreira ou até mesmo ajustaram seus trilhos, em geral as pessoas ao se descobrirem ficam encantadas com a sua sabedoria interior e passam a ter resultados de alta performance. Por questão de privacidade com meus clientes, vou relatar um exemplo meu. Sou consultora, viajo pelo Brasil inteiro e tenho uma filha de 4 anos. Eu e meu marido em uma decisão estritamente racional em algum momento decidimos ter apenas um filho. Avaliamos na ocasião perdas e ganhos, viabilidades financeiras, qualidade de tempo com as crianças, carreira, empresa, etc. Só que minha intuição dizia que não era essa a decisão correta, sentia que me faltava algo. Decidi usar o processo e metodologia do coaching para redefinir esta decisão. Quando me permiti entrar no campo da intuição passei a ver infinitas possibilidades e soluções que não via antes. Construí um planejamento familiar e financeiro com meu marido e um planejamento estratégico da empresa com minha sócia. O resultado é que estou aguardando a chegada de um bebe com muita alegria, minha empresa esta indo muito bem e até entrei junto com a minha sócia neste projeto como coautoras. Ou seja, o campo de intuição me abriu fronteiras criativas e estratégicas.

Andréia Roma pergunta:
Quais os conselhos que você daria para um profissional para que desperte no seu dia estas importantes ferramentas? Há algum exercício diário, corriqueiro que possa ajudar?

Fernanda Dutra responde:          
Existem muitas coisas que ajudam no dia a dia, como por exemplo, para aumentar a flexibilidade cognitiva , buscar conhecimentos diversificados, escolher caminhos diferentes , dar muitas risadas, conhecer pessoas e culturas diferentes. No campo da intuição, exercícios físicos que tragam paz interior como Ioga e Pilates.O contato com a arte sem duvida e também praticar um canal com a sua espiritualidade constantemente.
Muitas pessoas me procuram alegando que na teoria e fácil, mas não conseguem encaixar estas coisas em suas rotinas, na verdade são seus paradigmas. O processo de Coaching ajuda muito a ampliar estas crenças e costumo trabalhar com o coachee seu estado desejado dentro de seu equilíbrio pessoal, que varia de pessoa para pessoa. A intenção é que a pessoa consiga por meios próprios e não ficar dependente de ninguém. Eu sem duvida aconselho o coaching como um caminho para esta conquista.

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A Coach e Editora Andréia Roma entrevista o Profissional Nuno Quelhas, que fala sobre sua experiência e mudanças que a PNL e o Coaching fizeram em sua vida.

"PNL e Coaching na minha Vida são como lupas para ver o invisível!"

Andréia Roma pergunta:
Descreva um pouco sobre você e sua experiência?

Nuno Quelhas responde:
De formação académica, eu sou engenheiro civil, mas já antes de terminar o meu curso eu sabia que o meu caminho não seria por essa área. Terminei a licenciatura por uma questão de teimosia, pois detesto sentir que desisti de algo, por realização pessoal e pelo orgulho que faria sentir à minha Mãe por ter uma licenciatura. É verdade que, naquela época, eu não fazia a menor ideia do que quereria fazer, mas uma coisa eu sabia: não era exercer aquilo! Por não ter um outro desafio ou projeto ou sonho, eu me fui deixando ficar. Só percebi o que aprendi inconscientemente com essa etapa da vida um pouco mais tarde.

Hoje reconheço que foi muito importante para o meu desenvolvimento como homem, me proporcionando experiências muito enriquecedoras, essencialmente no campo das relações sociais e interpessoais, o que era, na minha adolescência, uma área desafiante para mim e claramente subdesenvolvida. Quando terminei o curso, estava como que reemergindo de um processo depressivo profundo. Algo que eu identifiquei como o final de um ciclo de vida e seu consequente 'renascimento'.

Foi neste contexto que 'por acaso' fui atropelado (a sensação foi mais ou menos essa) por algo a que chamavam de 'desenvolvimento pessoal'. Os conceitos, as ideias, o mindset, a atitude das pessoas que conheci me viraram do avesso e quebraram muitos dos pensamentos estruturantes que eu tinha, muitos deles culturais e, por isso, difíceis de mudar para tantas pessoas. Se algo 'foge da caixa', as nossas defesas do inconsciente tendem a gritar 'NÃO!', e a minha experiência me tem provado que precisamos estar num processo quase caótico para finalmente cedermos e aceitarmos mudanças drásticas no nosso papel da Vida!

Tive o privilégio de conhecer nessa altura alguém que veio a tornar-se numa das pessoas mais influentes da minha Vida: Jim Rohn, que me ensinou que para que as coisas mudassem para mim, eu teria de mudar primeiro! Sendo que 'primeiro' é a chave desse ensinamento! Me disse que para isso, eu precisava de estudar a Vida!
Essa foi uma novidade para mim... Estudar a Vida, desenhar o futuro, construir a minha felicidade! Durante o ano seguinte, li mais livros que em toda a minha vida até então! Desde esse dia foram já umas centenas, que me têm vindo a enriquecer interiormente de uma forma imensurável!

A PNL, o Coaching, o método Ericksoniano e tantos outros foram surgindo de uma forma natural ao longo do precurso de aprendizagem e, curiosamente, fui me dando conta que eram temas que apenas estava recordando, não 'aprendendo'!  Você sabe quando 'aprende' algo que já sabe, mas não sabia que sabia...? Era essa a sensação que eu ia experimentando à medida que estudava essas áreas.
                                                                              
Atualmente, trabalho com empresas fazendo coaching, treinamentos e consultadoria motivacional. Para o público, faço life coaching e workshops de desenvolvimento e orientação pessoal, aplicando o método da ESTRELA, a base do meu tema no livro PNL&COACHING!

Andréia Roma pergunta:
O que sentiu quando recebeu o convite para participar do Livro PNL & Coaching?

Nuno Quelhas responde:
Olha, para dizer a verdade, verdadeira , a primeira coisa que senti foi 'estranheza'! (risos) Fiquei muito surpreendido com o convite e, principalmente, com a origem do convite! Eu perguntava a mim mesmo: "Eu?! Mas como é que alguém de S.Paulo, do outro lado do Atlântico, conhece o meu trabalho a ponto de me convidar para um projeto desses...?  Tem outros players no mercado português com muito mais nome do que eu... não, necessariamente mais competência, mas claramente mais nome... como e porquê eu?!". Passado esse primeiro dia de surpresa, veio a resposta: "claro que me convidaram
a mim! A quem mais poderiam convidar, senão eu?" (risos).

Passado esse turbilhão emocional inicial, o que senti e sinto foi e é honra pelo
convite, um enorme entusiasmo pelo projeto, uma gratidão imensa pela oportunidade e orgulho, fruto do meu trabalho estar a ser reconhecido, até além mares! Por outro lado, sinto também o peso da responsabilidade do desafio proposto!

Andréia Roma pergunta:
O que você quer compartilhar com o leitor, com seu artigo que será lançado no Livro ?

Nuno Quelhas responde:
 Foi um enorme desafio para escrever o artigo, por vários motivos. Um deles foi escrever em tão pouco espaço! (risos) a escrever, como a falar, tenho tendência natural a me alongar, pois gosto de ilustrar os meus pontos com metáforas, estórias e histórias, de forma a criar identificação do público e dos formandos, não apenas comigo, mas essencialmente com a mensagem a transmitir. Um acrescento a esse desafio foi o conteúdo! Eu fazia questão (e nem sequer iria aceitar o convite ou lhe apresentaria algo que assim não o fosse) que o artigo tivesse conteúdo prático. Ou seja, como o próprio
projeto se intitula, 'um manual prático', tem de ter material para eu poder aplicar
imediatamente, mal eu termino de ler! Senão, não é 'prático'! Esse era um critério bem importante para mim!

O terceiro desafio era criar uma envolvência com os nossos leitores que os
agarrasse ao livro e não conseguissem parar de ler, sugando e absorvendo palavra por palavra, antecipando a próxima, querendo saber onde leva a narrativa, ao mesmo tempo que se identificam e fazem o link com as suas própria realidades.

Finalmente, o derradeiro desafio: transmitir o conceito da ESTRELA DA VIDA, respeitando os critérios anteriores! E lhe digo que foi bem desafiante! Como conseguimos falar de algo que nos apaixona, que criámos e, por isso, conhecemos como ninguém, ainda para mais, tão abrangente como é o método da ESTRELA.

O que eu quero passar para o leitor, nesse artigo, é todo esse somatório de coisas!

Um método de autocoaching ou, como eu prefiro chamar, um método de desenvolvimento e orientação pessoal, através do qual o leitor terá a chance de
mergulhar, refletir, ponderar e avaliar 7 pontos, simbolizados pelos 7 raios da ESTRELA, que eu considero os pilares fundamentais para projetarmos uma vida plena, com relações harmoniosas, sucesso q.b., na medida das ambições de cada um, maior realização pessoal e congruência com a Vida, o que leva a que os fatores de felicidade sejam mais conscientes, mensuráveis e alcançáveis.

O artigo está para o método como a fechadura para porta, através da qual a criança espreita para perceber que existe todo um novo e diferente mundo, cheio de coisas novas e maravilhosas. Acredito que alguns irão ficar com curiosidade e vão querer entrar por essa porta. Outros ficarão apenas espreitando pela fechadura e outros ainda apenas irão ficar olhando a porta em si! E eu quero chegar a todos, pois até ficar simplesmente olhando para a porta é um passo, se nunca tiver realmente olhado com atenção. Mais cedo ou mais tarde, poderá perceber que tem um buraquinho na fechadura por onde pode ohar...

Andréia Roma pergunta:
Quais mudanças aconteceram em você quando encontrou a PNL e o Coching?

Nuno Quelhas responde:
Eu tive conhecimento de uma 'coisa' chamada PNL através da minha Mãe, por volta de 2004. (não tenho certeza, mas) acredito ter sido das primeiras pessoas em Portugal a estudar isso, pois foi bem antes do grande boom que essas técnicas e disciplinas tiveram por cá. Na altura, estudei o Practitioner por vídeo, como autodidata, pois tive a felicidade de encontrar na internet um curso, que mais tarde percebi que era ministrado por alguns dos grandes gurus da PNL da 2a geração, como Charles Faulkner, Tom Best, Steve Andreas e Jane Price.

Na época, não tinha recursos para fazer a certificação nos Estados Unidospessoalmente com eles, por isso, treinava sozinho. Ninguém que eu conhecia percebia sequer o que significava PNL (a maioria ainda não! (risos)), por isso não pude desenvolver as capacidades com ninguém, a não ser através de pequenas experiências que ia fazendo a nível de rapport, metaposições, metamodelo, indução ericksoniana ou visualizações com minha Mãe e alguns amigos, sem que eles percebessem o que eu estava fazendo. Confesso que na altura percebia nas suas caras que achavam que eu tinha pirado de vez! (risos). Também me permitiu inovar na forma como eu conduzia os treinamentos. Fiz o Practitioner por vídeo umas 5 vezes, nos primeiros 2 anos, e o Master umas duas vezes no mesmo período.

Finalmente estava a amar aprender algo novo, ainda que, como falei há pouco,
sentisse que não era 'novo', mas sim um recordar.

O coaching foi uma consequência natural desse aprendizado autodidata. Como me apaixonou o metamodelo, o processo de coaching não foi propriamente uma
novidade, mas sim um consolidar de conhecimentos previamente adquiridos.

Aquando da minha certificação, que terminei apenas em 2010 (assim como a certificação de Practitioner), já 'fazia' coaching há algum tempo. Inicialmente de uma forma voluntária, mais tarde de uma forma bem sólida e como profissional. O fato de fazer treinamentos permitiu também que desenvolvesse, de uma forma natural, a aptência para o coaching de grupo.

Andréia Roma pergunta:
Se pudesse descrever em uma frase, a Pnl e o Coaching em sua vida como seria?

Nuno Quelhas responde:
Creio que já deu para dar uma pincelada sobre algumas das mudanças. Desde que entrei no chamado 'trilho do desenvolvimento pessoal', eu diria que tudo na minha Vida mudou. Amigos, interesses, estilo de vida, capacidades pessoais e profissionais, rumo profissional, relações e formas de estar nas relações - todas elas! - autoconfiança, maturidade, perceção do mundo exterior, realização pessoal e profissional... Enfim, poderia facilmente estar aqui enumerando cada uma das coisas que foram se transformando em mim e na minha Vida ao longo da última década, nem isso, na verdade 8 anos!

Não consigo atribuir ao coaching ou à PNL, por si sós, essas mudanças, pois eles apenas são recursos, ferramentas para catalisar as mudanças e tudo está ligado e correlacionado. Nada acontece por acaso e tudo influência tudo, não é? Apesar de ser vegetariano, sei que uma boa feijoada tem de levar toucinho! (risos) Será fica boa por causa do toucinho? Não! Mas não fica a mesma coisa. Precisa de todos os ingredientes para ser boa, mas cada um terá o seu papel, por muito subtil que seja!

Um dia, meu mentor Jim Rohn me disse: "atreve-te a viver a Vida que queres viver!"

Foi isso que a PNL e o coaching me ajudaram a fazer... E eu estou muito grato!
"PNL e Coaching na minha Vida são como lupas para ver o invisível!"

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Andréia Roma entrevista Neuza Santos
Tema:
“Mudança”


Quem é a Neuza? Fale um pouco sobre você e seu trabalho?

Sou CEO e Diretora da empresa Universo da Mente. que é uma  Empresa de Gestão de Pessoas, Treinamento e Coaching, que utiliza as mais modernas técnicas e modelos comportamentais, voltados para a expansão das potencialidades humanas. Nossa proposta é criar soluções de desenvolvimento pessoal e profissional e instrumentalizar pessoas para alcançar excelência em suas vidas.
Todo o meu trabalho está apoiado e alicerçado em duas ferramentas de mudança, que são a PNL e o COACHING.

Andréia Roma pergunta:
O que são ferramentas de mudança?

Neuza Santos responde:
Ferramentas de mudança possibilitam que pessoas saiam da sua “zona de conforto” e partam para a “zona de ação”, mobilizando e alavancando recursos para fazer mudar suas vidas, concretizando suas metas, rumo ao sucesso.

Andréia Roma pergunta:
Como opera o Coaching?


Neuza Santos responde:
O Coaching opera no trabalho com as metas e no desenvolvimento de competências para alcançá-las. É liberar o potencial de uma pessoa para sua performance.
É um processo de mudança que deve honrar visão, missão e valores pessoais.
Opera para transformar sonhos em objetivos, objetivos em metas, metas em resultados e resultados em sucesso.

Andréia Roma Pergunta:
Quais os benefícios de quem se submete a um ciclo de Coaching?

Neuza Santos responde:
Os benefícios são muitos e perenes.
Uma vez que uma pessoa se submeta a um ciclo de Coaching, estará pronta para promover uma profunda reforma em sua vida. O Coaching levará a pessoa do seu Estado Atual para o seu Estado Desejado. Reforçará suas habilidades principais, ajudará a encontrar motivação contínua para se comprometer com o que deseja, para agir na direção correta.  Também auxiliará na remoção de barreiras mentais e modificará comportamentos problemáticos, que possam estar impedindo a  efetividade no cumprimento de suas metas.

Andréia Roma pergunta:
Para que tipo de pessoas você trabalha?


Neuza Santos responde:
Para o mundo corporativo, executivos, gestores e para pessoas físicas, seres humanos que tenham identificado a necessidade de mudar suas vidas e queiram fazer algo a respeito.

Andréia Roma pergunta:
O que as pessoas entendem por problema, o que elas consideram um problema?
Neuza Santos responde:

É quando elas percebem que existe uma diferença entre o que elas têm, o que elas são, o que elas fazem e o que elas almejam ter, ser ou fazer, no futuro.
Problema é a diferença entre o Cenário Atual e o Cenário Desejado. Entre um ponto e outro há que se percorrer uma jornada, dando passos físicos e mentais, estabelecendo novas e diferentes estratégias para viver uma nova vida, um novo mundo, uma nova dimensão.

Andréia Roma pergunta:
Por que mudar?


Neuza Santos responde:
 Porque mudar faz parte da natureza, não existe “não mudar”, tudo muda, o tempo todo, à nossa volta. Basta observar a natureza e testemunhar seus ciclos de mudança. Todo o Universo é um sistema dinâmico e sujeito a mudanças. A mudança é a base da evolução humana e é inevitável.

Andréia Roma pergunta:
O que mudar e como mudar?

Neuza Santos responde:
Para mudar, precisamos analisar dois pontos de referência: onde estamos e onde queremos chegar. A mudança ocorrerá quando soubermos dimensionar seu tamanho e amplitude e quando conseguirmos encontrar os recursos necessários a ela.
Não basta querermos mudar algo, antes disso precisamos querer a mudança, depois descobrir para onde ou para o que queremos mudar para, só então, decidirmos mudar.


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Trainer e C.E.O Empresa INDESP Luiza Lopes

Tema abordado: Inteligência Conjugal (I.C) 

Andréia Roma pergunta:
O que te motivou escrever sobre esse tema Inteligência Conjugal (I.C)?   

Luiza Lopes responde:
Quando decidi falar sobre o tema “Inteligência Conjugal” no Livro PNL & Coaching, que será lançado em abril de 2013 pela Editora Leader, pensei na relação sólida que tenho com meu cônjuge há 37 anos, somando 10 de namoro e 27 de casamento e o quanto essa relação tem me ensinado. Tive a oportunidade de conhecer muitas mulheres em mim e muitos homens nele durante esse tempo. Nessa convivência, desenvolvi algumas habilidades nessa arte de relacionar. Tivemos muitas fases e turbulências, como qualquer casal, mas isso não nos impediu de experimentar uma vida rica de superações, desafios, celebrações e crescimento. Nunca tive dúvidas do amor que sinto por meu companheiro, porém por algumas vezes pensei em desistir dessa relação por me sentir incompetente e às vezes infeliz e incompleta do lado dele. Eu tomei consciência queem muitas vezes o que mais eu experimentava na relação era minha dificuldade de comunicação, de me fazer entender e também de entender o jeito que ele funcionava. E percebo que hoje me sinto feliz e plena no meu casamento, Penso que escrever sobre esse tema pode ser útil para outras mulheres refletirem suas relações.                                                                                                         

Andréia Roma pergunta:
Qual foi o primeiro passo para restaurar a relação conjugal?    
                     
Luiza Lopes responde:
Eu não estava gostando do que vivia naquela relação: insegurança, medo, ciúmes e uma grande dificuldade de criar projetos e sonhar com o futuro do meu casamento. E o primeiro passo após essa percepção foi ir em busca de mim mesma. Eu tive que reaprender a olhar para mim, me priorizar através do autoconhecimento. Eu decidi me afastar do universo de tantos afazeres como mãe, profissional, esposa e criar um espaço só meu, para  poder me perceber, olhar para mim mesma e para aquela relação de forma dissociada, imparcial. Confesso que não foi nada fácil sair daquela zona de conforto! Foi um processo de uma busca de respostas e significado para a minha trajetória de vida pessoal, conjugal e profissional. 

Andréia Roma pergunta:
Que dicas você poderia dar para que as mulheres consigam ter mais inteligência com seus cônjuges?

Luiza Lopes responde:
Eu começaria a falar sobre nossa forma de como se comunicar. Sabendo que existe uma diferença considerável entre o modelo de mundo do homem e da mulher, muitas vezes a dificuldade de comunicação pode estragar profundamente a relação.

A- Trocar lamentação por solicitação
Começar a refletir sua forma de comunicar, aprender a elaborar um pedido e cessar as lamentações pode trazer vários benefícios para a relação. No casamento ao invés de lamentar:    “Você já vai sair de novo?” ou “Você nunca chega no horário?”. Faça diferente! Experimente “Gostaria de convidar você pra ficar comigo e nossos filhos hoje à noite, pode ser?” ou “Quero te pedir pra almoçar conosco hoje, pode ser?”. Sair do comportamento padrão de reclamar e elaborar uma solicitação pode ser nutritivo para a relação. Fale de forma clara, especifica e deixe o outro saber o que exatamente você espera dele.

B- Acompanhe antes de conduzir. Faça rapport
É importante falar no nível do outro, criar espelhamento olhando nos olhos e procurar esclarecer as dúvidas. Isso evita entrar um clima hostil e poderá ser muito útil principalmente se o contexto é festivo.

C - Trocar criticas por apreciação
Evite falar mal, julgar, fazer brincadeiras de mau gosto. Procure se observar. Valorize o que está funcionando, maximize os pontos fortes, elogie e pare de reforçar os defeitos e os erros. Torne a comunicação consciente. Tome uma respiração profunda e antes de fazer o comentário com seu cônjuge, se pergunte: “O que eu vou falar é Verdadeiro? ÉÚtil? É Bom?” Ou seja, vai ajudar na relação? Existe uma grande diferença entre julgar e perceber. Quando nós julgamos, damos opinião, criticamos e com isso distanciamos o outro de nós e isso dificulta a relação. Quando  ampliamos a percepção do outro, refinamos o nosso olhar, abandonamos o julgamento e criamos um campo seguro para a conexão. Pratique a gentileza.

Andréia Roma pergunta:
E quando existem mágoas e ressentimentos na relação conjugal, como proceder no ponto de vista da I.C.?

Luiza Lopes responde:
Uma boa dica é Não acumular tóxico e lixo debaixo do tapete
Em alguns casos o casal deixa acumular mágoas e ressentimentos e o clima fica ruim, podendo causar intolerância e um comportamento hostil inclusive com as crianças. Aprender a estar atento ao que deixa o outro chateado e criar um clima favorável para conversar e tirar as arestas pode ser muito valioso na relação. Ao invés de dizer: “Você chegou tarde e não está nem aí pra mim para os nossos filhos, age como se estivesse solteiro”, experimente: “Quando eu olhei no relógio e vi que você não tinha chegado eu experimentei uma insegurança e me comportei daquela forma reativa”. Essa é uma boa forma de afinar o instrumento e ser específico na comunicação.

Andréia Roma pergunta:
E as discussões podem gerar desarmonia no ambiente? Onde o casal deve lavar a roupa suja?                                                                                                        
Luiza Lopes responde:

É fundamental o casal ter um lugar reservado para conversar e lavar a roupa suja.

Com o conhecimento das ferramentas da PNL passei realmente a ter um cuidado maior com a comunicação e também com os ambientes. Compreendi que a forma que eu falo e também “o que” e “onde” eu falo faz parte do mesmo contexto, ou seja a cena ficará registrada na mente dos participantes daquela comunicação. Então passei a ser mais cuidadosa para não ancorar negativamente, não intoxicar o nosso lar. Essa foi uma forma que a PNL me ensinou a cuidar da relação. Sempre que íamos conversar procurava um lugar neutro que não fosse nosso quarto, sala de jantar e ambientes               da nossa casa. Geralmente escolhíamos um quarto de visitas pouco utilizado pelos filhos e por nós dois e ali a conversa acontecia.


Andréia Roma pergunta:
Como proceder para preservar o casamento desse problema?

Luiza Lopes responde:
Aprenda a cessar as críticas e evitar ridicularizar seu companheiro (seja de forma privada ou pública)

Não exponha as fraquezas ou ridicularize seu parceiro. Quando você faz um comentário e torna pública a fraqueza de seu parceiro, essa atitude poderá enfraquecer a relação e disparar um sentimento agressivo e reativo no parceiro que está se sentindo exposto. As pessoas tem a tendência de grudar no negativo e isso poderá causar brincadeiras de mal gosto que em nada contribui ou soma na relação. Se acontecer algo que esteja abalando a relação, se o casal não está conseguindo reestruturar o relacionamento é interessante pensar na possibilidade de procurar ajuda de um especialista de casal ou de família, poder se abrir com alguém que vai ser imparcial e com certeza vai te ajudar.

Andréia Roma pergunta:
Como você lidou com as diferenças de mapas no seu casamento?         
                                                          
Luiza Lopes responde:
Quando ele falava algo que eu não concordava ao invés de pensar: “Que homem difícil” eu pensava: “Que mapa diferente!” Passei a explorar o mapa, o modelo de mundo dele e entender melhor como ele funciona. Parei de perguntar “porque” e passei a perguntar  “o que” e “como especificamente”. Isso me fez ter consciência do meu modo reativo e passei a realmente me interessar pelas suas razões e a usar mais as frases: Me fale mais sobre isso, Eu entendo, eu posso imaginar. Tenha um lugar reservado para conversar e lavar a roupa suja, Cuide para não intoxicar o seu lar.
Passei realmente a cuidar de forma diferente daquele relacionamento e sempre que íamos conversar procurava exercitar a escuta empática, falar coisas que na PNL chamamos de IAQ, informação de alta qualidade e evitar usar LM – Leitura de mente, alucinação. Antes quando ele chegava tarde do trabalho eu já o recebia com pedras na mão.” Isso é hora?” Depois fui realmente mudando isso. Por exemplo, se ele chegava tarde do trabalho eu falava: notei que você chegou tal hora hoje. Esta tudo bem?  E isso ia despertando nele uma vontade maior de contribuir e colaborar com nosso lar.

Andréia Roma pergunta:
Que sugestão você teria para os casais que estão em busca dessa de uma vida a dois mais feliz?

Luiza Lopes responde:
É bom lembrar que não existem fórmulas mágicas para se construir um casamento feliz e não acredito em casamento feliz o tempo todo. Convivência a dois dá trabalho, criar filhos e sustentar a célula familiar, também. Ampliar a nossa percepção, olhar para nossas vidas, e procurar identificar em nós nossas fraquezas, buscando melhorá-las e perceber o quanto projetamos nossas questões não resolvidas na relação é propósito de pessoas corajosas. 

Andréia Roma pergunta:
Como a Programação Neurolinguística poderia beneficiar aos casais que querem viver com mais competência Conjugal?

Luiza Lopes responde:
A PNL é uma ferramenta simples, prática e eficaz. Está disponível nos melhores institutos, possibilitando as pessoas a se conhecerem melhor, e entenderem como o outro funciona e a partir daí crescerem  e evoluírem construindo não só um casamento feliz mas também, famílias mais unidas e harmoniosas e em  consequência disso cidadãos mais bem resolvidos e responsáveis.
Aprender através da PNL a ter consciência sobre a forma  de pensar e suas consequências na estrutura das emoções e sentimentos significa gerar ações que possam construir relações saudáveis com respeito, amor e compreensão não só no nosso lar como em todos ambientes onde estivermos. A PNL é a chave que abre várias portas de possibilidades para nos permitir buscar a melhor versão de nós mesmos.

Meus pais utilizavam uma frase que é muito comum em Minas Gerais que me lembra desse contexto: “Espere o barro secar” ou seja, respire fundo, conte até 10 e crie um clima favorável para você falar de suas emoções e das coisas que estão incomodando. Evite agir dentro da dor, raiva, magoa ou ressentimento.
Agradeço o convite e espero apoiar a cada leitora e leitor deste artigo.
Luiza quero agradecer sua entrevista e lição de vida em parceria com a PNL para aprimorar ainda mais nossa comunicação com todos a nossa volta.

Andréia Roma 



 Ricardo Amorim

Ricardo Amorim, é economista formado pela Universidade de São Paulo e pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC (École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales) de Paris e membro do Business Affairs Committee, o mais prestigiado comitê da Câmara Americana de Comércio de São Paulo. 

Já esteve em mais de 60 países e é freqüentemente entrevistado pelas principais redes de televisão, jornais e revistas do mundo, incluindo New York Times, CNN, BBC, Financial Times, Wall Street Journal, Time Magazine, Newsweek, Business Week, Washington Post, Bloomberg, Reuters, Dow Jones, Clarín (Argentina), Reforma (México), Diario Financiero (Chile), El Tiempo (Colômbia), Reforma (Peru), AFR (Austrália), Asahi Shimbun (Japão) e CBC (Canadá).


Atualmente, é presidente da Ricam Consultoria, aconselhando grandes clientes no Brasil, América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia em projetos financeiros e de investimentos. Um dos primeiros a prever, ainda em 2.007, a atual crise financeira global, Ricardo profetiza agora o descolamento de China, Índia e Brasil da crise econômica de EUA, Europa e Japão. Ricardo vai mais longe e projeta que o Brasil será um dos líderes do crescimento global nos próximos 5 anos, gerando oportunidades excepcionais de negócios.

Um dos apresentadores do programa Manhattan Connection da GNT desde 2003, Ricardo Amorim tem presença destacada na indústria financeira mundial há 17 anos.

www.ricardoamorim.com.br



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A Coach e Editora Andréia Roma entrevista direto do Japão o Empresário e Coach Kotaro Tuji


Tema da entrevista: “Como tornar uma empresa lucrativa”.


Andréia Roma pergunta:
Kotaro qual o primeiro passo para uma empresa se tornar lucrativa?

Kotaro responde:
O lucro é o resultado de ações empreendedoras bem sucedidas. Num mundo globalizado de hoje é de extrema importância estar preparado para ser uma empresa competitiva. Por onde começar? Entre vários fatores três pontos são necessários. É preciso determinar a missão, visão e a política lucrativa da empresa.
É preciso alinhar desde o começo o rumo da empresa para que a mesma possa funcionar como um mecanismo que produza riquezas, e ainda assim, não afetando o meio ambiente e deixando os colaboradores e clientes felizes.

Andréia Roma pergunta:
Em sua opinião qual seria os maiores problemas das empresas brasileiras?

Kotaro responde:
De acordo com a Central brasileira do setor de serviços, hoje, cerca de 49,6% das pequenas e médias empresas brasileiras fecham suas portas, nos primeiros dois anos de existência, sendo que 78% das causas equivalem a problemas de gestão".
Interessante também destacar que 42% dessas empresas têm o contador como principal conselheiro, mas esses profissionais por mais qualificados que sejam tem formação técnica da contabilidade e não de administração".

Outro fator que acho superinteressante é o motivo que leva a maioria dos brasileiros a entrar no mundo empreendedor, de acordo com a pesquisa do GEM a necessidade e não a oportunidade é um fator mais importante.
Sendo assim, 55,4% dos empreendedores entraram devido terem dificuldade em encontrar trabalho. Essa porcentagem coloca o Brasil com a maior taxa de atividade por necessidade dos 37 países pesquisados.

Desta forma fica bem claro que, na verdade o problema de gestão é devido à falta de planejamento e desenvolvimento do comportamento empreendedor.

Andréia Roma pergunta:
O que fazer para aumentar a lucratividade nas empresas?

Kotaro responde:
Nesses mais de 23 anos que moro no Japão tive a oportunidade de vivenciar a expertise dos japoneses em pequenos detalhes que ao longo prazo gera grande lucros. Entre eles posso citar:

Uma forma de ganhar dinheiro é parar de perder, é preciso criar formas e maneiras de otimizar os processos e evitar repeti-los e acima de tudo criar a mentalidade de economia sem afetar a qualidade, mesmo nas pequenas coisas.

Uma coisa extremamente simples, mas que no Brasil ainda não está sendo utilizado de forma expansiva está relacionado ao atendimento, alias a excelência no atendimento ao público, as empresas gastam fortunas na busca de clientes e depois que conseguem perdem a maioria por falta de respeito e atendimento. A linha de frente precisa estar com a inteligência emocional desenvolvida e estimulada para tratar bem os clientes.

Uma terceira maneira é conhecer a empresa de forma sistêmica, ou seja, entender qual a melhor forma de integrar todas as partes e direcioná-las a competitividade e a lucratividade. Quero dizer que é preciso manter a empresa integrada um por todos e todos por um.


Andréia Roma pergunta:
Em sua opinião o que é mais importante dentro de uma empresa?


Kotaro responde:
As pessoas. Embora existam máquinas, tecnologias e equipamentos que são de suma importância para o desenvolvimento de uma empresa, ainda assim são as pessoas que conduzem, criam e inovam. Pesquisas revelam que empresas que lideram o mercado apenas pelo preço podem ser superadas em até mesmo um mês, mas empresas que dependem de pessoas qualificadas podem levar até seta anos.
O Brasil ainda investe muito pouco no desenvolvimento de seus colaboradores, é preciso acompanhar as mudanças no cenário, os colaboradores precisam sentir que a empresa onde trabalham é uma extensão de sua felicidade.


Andréia Roma pergunta
O que você recomendaria para o sucesso de uma empresa?

Kotaro responde:
Gosto de utilizar uma história que li algum tempo atrás.

Era uma vez quatro indivíduos chamados: Todo Mundo, Alguém, Ninguém e Qualquer um.
Quando havia um trabalho importante para ser feito, Todo Mundo estava certo de que Alguém faria.
Qualquer um poderia ter feito, mas Ninguém fez.
Quando Ninguém fez, Alguém ficou nervoso porque isso era obrigação de Todo Mundo.
No final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito.

O sucesso está na organização!

Kotaro quero agradecer sua visão e conhecimento certa de que apoiará a muitos empresários.

Andréia Roma 

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