****************************************
Andréia Roma pergunta:
|
Graça fala um pouco sobre sua trajetória
e experiência na Educação? Quem é você para educar?
Graça Santos responde:
|
Amo
o que faço! Sou uma pernambucana arretada! Primeira filha de uma família típica
pernambucana com 6 filhos. Cedo, mamãe, apresentou-me os conceitos que ainda
hoje me possibilitam o maior número de conexões, mas que principalmente me
ensinaram a SER GENTE.
“Escreveu, não leu, o pau comeu", "Quando chegar quero encontrar pronto" e "Só te ensino uma vez". Este é o tripé que estrutura estas conexões, e após os filtros mentais, percebo o quanto ela, demonstrou sua competência amorosa disseminando os valores universais, projetando-me para um mundo de possibilidades para que eu desenvolvesse as múltiplas potencialidades criativas para resolução de problemas.
Cedo aprendi o significado do verbo cuidar. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Cedo aprendi a transgredir para SER. Ser Resiliente. Ao entrar em contato com estas potencialidades percebo que a forma como fui criada vem garantindo a minha busca em direção a um mundo melhor. Sou curiosa e comunicativa. Tenho uma alma animada e principalmente gosto de gente! Ao final deste ano posso contar que os 35 anos de convivência na e pela EDUCAÇÃO, me fizeram uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder, e que antes de tudo EDUCAR é um ato de amor presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Apreendi intensamente, sendo mãe.
“Escreveu, não leu, o pau comeu", "Quando chegar quero encontrar pronto" e "Só te ensino uma vez". Este é o tripé que estrutura estas conexões, e após os filtros mentais, percebo o quanto ela, demonstrou sua competência amorosa disseminando os valores universais, projetando-me para um mundo de possibilidades para que eu desenvolvesse as múltiplas potencialidades criativas para resolução de problemas.
Cedo aprendi o significado do verbo cuidar. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Cedo aprendi a transgredir para SER. Ser Resiliente. Ao entrar em contato com estas potencialidades percebo que a forma como fui criada vem garantindo a minha busca em direção a um mundo melhor. Sou curiosa e comunicativa. Tenho uma alma animada e principalmente gosto de gente! Ao final deste ano posso contar que os 35 anos de convivência na e pela EDUCAÇÃO, me fizeram uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder, e que antes de tudo EDUCAR é um ato de amor presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Apreendi intensamente, sendo mãe.
Na caminhada em busca do quem sou eu para educar, conheci e convivi com pessoas surpreendentes de áreas que influenciam o eterno e infinito desejo transdisciplinar de me dedicar ao despertar do potencial humano, sempre fundamentada numa proposta, cuja base são os Valores Humanos.
Alguns penduricalhos configuram na jornada acadêmica como Professora, Pedagoga e Orientadora Educacional. Outros, tão ou mais importantes, só poderemos perceber quando caminharmos juntos, ousarmos olhar nos olhos, nos abraçarmos e sentirmos a nossa ecologia pessoal.
Há 35 anos, na área educacional, sendo que 27 destes, dedicados à educação pública, onde iniciei como Professora da Classe de Alfabetização no CIEP 099 - Dr. Bolívard Gomes de Assumpção, na Baixada Fluminense. Foi o momento de minha projeção para o mundo dos professores protagonistas. APRENDER A SER PROFESSORA, APRENDER A ENSINAR E APRENDER A TREINAR PROFESSORES eram algumas das brilhantes metas revolucionárias de Darcy Ribeiro, o Educador que criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP). Fui muito feliz, e nesta época, apenas com 22 anos de idade, participei ativamente da implantação de um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio Teixeira.
Exerci
ainda o cargo de Diretora Adjunta Pedagógica, Professora Orientadora,
Coordenadora Pedagógica de Ensino Médio, Coordenadora Pedagógica dos Cursos de
Contabilidade e de Meio Ambiente, entre outros. Fui Coordenadora Estadual de
Ensino Médio, momentos em que apreendi o pensamento estratégico sistêmico na
prática.
Conheci a Programação Neurolinguística na década de 90. De lá para cá, venho de forma autodidata pesquisando e apreendendo a essência e a estrutura desta mágica ferramenta de melhoria da comunicação e das relações humanas em todos os contextos, ora pessoais e profissionais.
Como Orientadora Educacional em
instituição privada foram elaborados projetos com foco em professores, alunos,
pais e responsáveis da Educação Básica, além de coordenar pedagogicamente o
grupo de professores da disciplina de Física na elaboração do Projeto
Pedagógico. Ministrei ainda aulas de Filosofia e Sociologia para turmas de
Ensino Médio.
Quem sou eu para educar? Uma profissional inquieta, que tem como propósito inspirar e capacitar pessoas e profissionais para a transformação desejável, por meio de vivências que conduzam ao realinhamento cultural das crenças, valores, hábitos e atitudes com foco na excelência de resultados e na lucratividade pessoal.
Quem sou eu para educar? Uma profissional inquieta, que tem como propósito inspirar e capacitar pessoas e profissionais para a transformação desejável, por meio de vivências que conduzam ao realinhamento cultural das crenças, valores, hábitos e atitudes com foco na excelência de resultados e na lucratividade pessoal.
Andréia Roma pergunta:
|
Como, e quando surgiu a ideia de
trabalhar com o Coaching voltado ao meio educacional?
Graça Santos responde:
|
Esta pergunta instigante me remete aos bancos
acadêmicos e a legislação que respalda a formação acadêmica, além de me apoiar
nos escritos da Professora Mírian Paura, em que analisa o Espaço Filosófico da
Orientação Educacional. Tenho três profissões... Professora, Pedagoga e
Orientadora Educacional, esta última regulamentada pela Lei nº 5.564/68 que
destaca o educador que tem compromisso com a formação de um cidadão crítico e
consciente, bem como as funções de coordenar,
planejar, sistematizar e participar. Cabe ainda destacar que em Orientação
Educacional, é importante, não é apenas o saber teórico, mas o saber competente
e compromissado com a educação e a realidade do país. É posto ainda que além
dos conhecimentos específicos, há de se ter conhecimentos antropológicos,
políticos, econômico, históricos. Esta formação acadêmica garante que a minha
atuação como Coach Educacional deve ser dimensionado pelo ponto de vista das
ideias pedagógicas, atenta a intercessão da Orientação com a Educação e com o
processo de Coaching. Concluindo esta resposta o papel de mediadora entre a
prática valorativa das pessoas (alunos, professores, equipes pedagógicas, pais
e funcionários) e as exigências da sociedade já faziam parte das minhas
escolhas, no momento da entrada para o mundo da Educação. Sou professora desde
os 14 anos de idade, Pedagoga e Orientadora Educacional desde 1996, e neste
período, modelei a atuação encantadora de muitos professores, o que baliza o
trabalho e as propostas do primeiro livro sobre Coaching Educacional, além de
ter formação em PNL pelo INeP – Instituto de Neurolinguística e Psicologia
Aplicada e Coach Professional pela ABRACOACHING – Academia Brasileira de
Coaching.
Andréia Roma pergunta:
|
De 1 a 10 o quanto você acredita
que a ferramenta coaching pode mudar a educação ? E porque?
Graça Santos responde:
|
Mudar a Educação? É uma pretensão histórica e cultural de todos
nós, no entanto ela está em permanente mudança. No entanto, tenho a crença de
que se quero, eu posso pensar global e
agir local. Afinal tenho conhecimento e treinamento no processo de Coaching
e tenho disponível uma poderosa caixa de
ferramentas com ideias e estratégias para professores, pais e gestores que
querem aumentar seu poder de persuasão e conhecimento. Há de se disseminar que
o Coach seja percebido como um maestro no desenvolvimento pessoal e
profissional.
Andréia Roma pergunta:
|
Hoje no Brasil a vários ruídos na
Educação, qual sua opinião sobre isso? E o que você aborda sobre as mudanças em
seu livro?
Graça Santos responde:
|
Os ruídos na Educação Brasileira evidenciam
a abençoada crise e quanto o processo está em permanente construção e
(re)construção, o que gera oportunidades que despertam para as mudanças que envolvem esforços de várias ordens, das mais simples as
mais complexas. O livro Coaching Educacional evidencia o registro de simples experiências
como Pedagoga e Orientadora Educacional treinada para desenvolver e registrar suas
próprias concepções pedagógicas com relação ao HOMEM, ao MUNDO, a SOCIEDADE, a
CULTURA, ao CONHECIMENTO, a ESCOLA, ao ENSINO E APRENDIZAGEM, a RELAÇÃO
INTERPESSOAL, a METODOLOGIA e a AVALIAÇÃO.
Andréia Roma pergunta:
|
Qual a visão que você tem sobre a
liderança no meio educacional?
Graça Santos responde:
|
Para ilustrar a resposta,
lanço mão dos fragmentos do texto baseado na transcrição da palestra de Roberto
Crema “Liderança no Século XXI: impactos da passagem do milênio”, proferida no
Centro Cultural da Câmara dos Deputados e irradiada pela TV Câmara e TV
Senado, em maio de 1998.
(...) Vivemos um tempo absurdo, onde perdemos a
escuta. Alguém perguntou a um índio de 101 anos, um Xamã, um Pajé americano: -
O que você faz? Ele disse:
-
Eu ensino
meu povo.
-
O que você
ensina?
-
Quatro
coisas, ele respondeu: Primeiro, a escutar;
-
Segundo:
que tudo está ligado com tudo;
-
Terceiro:
que tudo está em transformação;
-
Quarto:
que a terra não é nossa, nós é quem somos da terra.
Os liderados mudaram. A
sociedade passa um desafio dramático de liderança. As pessoas não aceitam mais
fazer as coisas por simples obrigação. Além dos objetivos, mesmo que ainda não
muito claros, elas tem mais oportunidades de escolhas. O líder precisa
desenvolver a capacidade de inspirar, e construir com seus liderados,
professores e alunos, um sonho comum. E
para isso, se faz necessário a ressignificação dos conceitos de liderança,
ampliando a consciência de ações estratégicas tais como: inspirar, motivar,
conciliar e apontar o caminho à frente.
|
E quais os benefícios que
professores e alunos, orientadores, e outros no meio educacional, vão ter ao
ler o seu livro, e futuramente participar de seu treinamento Coaching
Educacional?
Graça
Santos responde:
|
Para o leitor
aproveitar ao máximo os sete capítulos do livro chamo a atenção para as metáforas que utilizei em homenagem à minha primeira Coach, minha
mãe, uma costureira que me ofereceu linha, agulha, tesoura e os apetrechos
necessários para eu “costurar” uma história única, real e exclusiva. Aprecio
muito as metáforas, pois além de se comunicar com os dois lados do nosso cérebro é uma poderosa
ferramenta na educação que nos transporta do estado atual para o estado
desejado por meio do encantamento. O livro oferece registros de experiências
sustentadas na experiência profissional, orientando
quem orienta a buscar novas possibilidades na sua própria experiência, além
de informar a evolução do Coaching, desde o seu surgimento do termo na Inglaterra em 1500. Seguindo em frente são
apresentados cases que envolvem alunos da Educação Básica e um diálogo virtual,
evidenciando a aplicabilidade do Coaching por meio das redes sociais. O livro
configura-se numa fonte de inspiração e criatividade para realização de um
trabalho combinado com a sua expertise. Para participar do Treinamento
ORIENTADO QUEM ORIENTA: Coaching Educacional, propõe experiências que envolvem
PNL, Endoquality, Storytelling, Didática, Inteligência Emocional, Orientação
Profissional, gerando Autonomia de Conhecimento fundamentadas nos Valores
Humanos. Se você tem foco, vontade e capacidade, está pronto para a projeção de um novo design
com ações simples e poderosas. Curioso? Curiosa? Venha potencializar os seus
talentos!
Andréia Roma pergunta:
|
Para finalizar a entrevista,
quero que você fale sobre sua missão em ter lançado um livro voltado ao meio
educacional? E o que você diria a professores, orientadores, e outros no meio
educacional, sobre a experiência de publicar seu livro depois de mais de 35
anos voltados a Educação?
Graça Santos
responde:
|
Lembro-me de certa magia quando li para vovó pela
primeira vez. Eu estava sentada no batente da casa onde eu morava, por volta
dos meus 6 anos de idade. Na década de 70 lembro-me da compra do meu primeiro
livro, Pollyana, de autoria de Eleanor
H. Porter, que conta a história de uma menina que enfrenta dificuldade, sempre
tirando o melhor da situação. Li a maioria dos livros que compõem a minha
biblioteca, no entanto, o desejo de escrever ideias e projetos realizados, foi
evoluindo a partir dos resultados obtidos e registrados. Registros envelopados,
estudos e pesquisas, rascunhos de anotações de participações em eventos... O
que fazer com tanto material valioso? Tomei a decisão de escrever, de expor
ideias e intenções sem medos das críticas. Muitos rascunhos... Inúmeros começos
e recomeços...Hora de praticar o que a escola ensinou quando passava como
“dever de casa”, assistir ao documentário Amaral Neto, o repórter, e na
segunda-feira, ler em voz alta o relatório escrito. A escola cumpriu seu papel,
a universidade mais ainda. Desenvolvi o foco, a vontade e a capacidade, que
hoje, na Era do Conhecimento, são consideradas a CHAVE, para o profissional de
qualquer área do mundo do trabalho. Pesquisa,
monografias, TCCs...O que se faz com o material estudado? Alguns, eu
transformei em palestras, no entanto, havia um chamado para protagonizar a
escrita de um livro. Ousei. Em 2007, criei o primeiro blog ORIENTANDO QUEM
ORIENTA, expressão baseada nas
experiências da época em que gerenciava o conhecimento pedagógico 52 escolas. Nele passei a comunicar e a
compartilhar ideias, não apenas minhas. Em meados de 2012 conheci pela rede
social chamada Facebook a C.E.O e Diretora de Projetos da Editora Leader,
Andréia Roma que usando sua lógica interna, observou a vitrine que é a rede
social, e resolveu ESCUTAR os valores que norteiam a minha jornada pessoal e
profissional. Em seguida a ABRACOAHING - Academia Brasileira de Coaching que é um dos
parceiros da Editora Leader, compra a ideia e apoia o livro. Portas se abrem. Torno-me
escritora. Empresários visionários apoiando uma Professora, Andreia Roma e
Bruno Juliani, conhecem o ambiente atual e suas exigências, e estão atentos
para a criação de oportunidades para quem tem projeto.
Professores, boas práticas, você as tem!? Inspirem-se!
Escrevam! Vamos juntos?
**************
Andréia Roma entrevista Jacqueline Cerqueira
TEMA DO ARTIGO: DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES
ORGANIZACIONAIS ATRAVÉS DO COACHING EXECUTIVO
Andréia Roma pergunta:
Qual o propósito do coaching executivo?
Jacqueline Cerqueira responde:
É
o desenvolvimento das habilidades do líder. É um processo que ajuda o
profissional a se livrar de seus conflitos, oferecendo apoio para transformar
seu aprendizado em resultados para a organização.
Andréia Roma pergunta:
Como é composto um processo de coaching para líderes?
Jacqueline Cerqueira responde:
Para
este objetivo, usa-se uma grande variedade de técnicas e métodos
comportamentais para ajudar o profissional a alcançar as metas mutuamente
identificadas, a fim de melhorar seu desempenho profissional e sua satisfação
pessoal. Este processo é baseado na criação de um relacionamento favorável e de
colaboração entre coach e coachee, finalizando com um acordo formal voltado
para o aprimoramento de habilidades e competências relacionadas à carreira ou aos
negócios.
Andréia Roma pergunta:
A quem o coaching executivo é direcionado?
Jacqueline Cerqueira responde:
É
direcionado a líderes organizacionais, quer estejam ou não em posição formal de
liderança. Independentemente do porte da empresa e do segmento de atividade.
Andréia Roma pergunta:
Por que empresas contratam coaches?
Jacqueline Cerqueira responde:
Essencialmente
para desenvolver habilidades de liderança. Em grau menor é também aplicado para
corrigir problemas de desempenho; acelerar o desenvolvimento da carreira; reter
profissionais com alto potencial e gerenciar líderes em transição - em
situações de promoções, movimentação interna e em desafios internacionais
visando trabalhar a sensibilidade intercultural.
Ressalto
que, com relação a corrigir problemas de desempenho, existem outras práticas
mais apropriadas para a gestão de desempenho, no intuito de corrigir
performances inferiores. Sendo assim, existirá uma descaracterização da
metodologia coaching se esta for aplicada somente para este fim,
transformando-a em ferramenta de reparo ao invés de ferramenta de
desenvolvimento.
**********
A Coach
e Editora Andréia Roma entrevista a profissional Coach Ana Penarotti, com vasta
experiência na área de gestão e organização.
Ana Penarotti é Sócia da consultoria Tríax
Treinamento e desenvolvimento Humano
Facilitadora no INVENT®
Consultora “DISC” nível avançado pela E–talent. E coautora do livro Pnl &
Coaching que será lançado em abril de 2013.
Tema:
Psicodrama X Coaching
“A aplicação do Psicodrama e da ferramenta
Coaching para aumentar o desempenho e qualificação de profissionais nas
organizações.”
Andréia
Roma pergunta:
Alguns dos principais motivos para a
demissão de executivos são: falta de resultados, pouco conhecimento
técnico e ausência da capacidade para a gestão de pessoas. Você acha que
esses motivos seriam eliminados com a adoção de uma abordagem coach no
cotidiano empresarial?
Ana
Penarotti responde:
Certamente, estudos apontam que
executivos e colaboradores que participam de treinamentos gerenciais aumentam
sua produtividade em média 22% e aqueles que participam de processos de
coaching após estes treinamentos, aumentam a sua produtividade em 88%. As
empresas que investem tempo em fornecer feedback e processos de coaching para
seus executivos, demitem menos e seus resultados são mais satisfatórios.
Além disso, um líder pode ser
facilmente identificado pelos resultados apresentados pela sua equipe. Líderes
medianos tem equipes com colaboradores que apresentam resultados pouco
satisfatórios, já as empresas que investem em um líder coach, apresenta
resultados extraordinários, pois este tipo de líder traça estratégias de
sucesso, estimula o potencial individual, identifica motivadores e é capaz de
gerar grandes resultados.
Andréia
Roma pergunta:
Desenvolver lideranças
entre os funcionários pode gerar conflitos já que muitos deles querem tornar-se
líderes. Como prevenir esta situação?
Ana
Penarotti responde:
Em primeiro lugar, precisamos
compreender que as pessoas possuem motivações diferentes. Em uma equipe nem
todos estão buscando a liderança ou uma mesma posição. O Líder coach é capaz de
identificar os talentos de sua equipe e conduzi-los ao sucesso respeitando
interesses, preferências, ritmo e fornecendo feedback constante. Já os
colaboradores quando passam por um processo de coaching definem metas próprias,
sentem-se inspirados a buscar seus próprios objetivos, comprometem-se com os
resultados da organização e principalmente seu sucesso. Consequentemente os
processos de coaching contribuem para a melhoria nos relacionamentos entre
chefes, subordinados e pares, aumentam o nível de satisfação com o trabalho e o
comprometimento com a empresa.
A competição sempre vai existir, porém
o líder terá que desenvolver habilidades para lidar com as
adversidades, gerenciar conflitos, construir um ambiente harmonioso e estimular
o respeito entre as pessoas.
Andréia
Roma pergunta:
Como podemos conhecer o
nosso Talento?
Ana
Penarotti responde:
Existem inúmeras ferramentas
disponíveis no mercado com características diferentes, geralmente o indivíduo
preenche um questionário com perguntas sobre situações do cotidiano e um
sistema traz as preferências cerebrais. Com estas informações o indivíduo pode
focar suas ações nos aspectos que pretende desenvolver, outra forma é solicitar
feedback aos colaboradores a respeito do seu trabalho ou gestão.
Andréia
Roma pergunta:
Você não acha que as
pessoas possuem todos os comportamentos?
Ana
Penarotti responde:
Sim, nós apresentamos e utilizamos uma
infinidade de comportamentos e reações diferentes o que acontece é que temos
preferências cerebrais. Algumas pessoas dão mais foco e importância para estarem
com pessoas, outras preferem trabalhar sozinhas. Uns gostam mais de seguir
regras e normas e outros gostam mais de liderar. Isso significa que em
situações de stress, vamos buscar aqueles comportamentos que nos são mais
agradáveis, e respondemos automaticamente.
Andréia
Roma pergunta:
O que você quer dizer com
uso excessivo de seus talentos?
Ana
Penarotti responde:
Todas as pessoas possuem talentos, que
é a forma como respondemos aos estímulos externos. Quando usamos nosso talento
de forma excessiva, exagerada ela vira nosso maior veneno. Por exemplo, uma
pessoa sociável em excesso pode invadir a privacidade de outras. Uma pessoa que
é determinada e com foco em resultados pode ficar irritada com respostas mais
detalhadas e lentas, outra pessoa que precisa sentir-se segura para tomar uma
decisão tende a procrastinar.
Andréia
Roma pergunta:
Qual o principal propósito
do uso do psicodrama nas sessões de coaching?
Ana
Penarotti responde:
O psicodrama, através de técnicas de
dramatização, inversão de papéis, espelhamento entre outras é capaz de
contribuir com o autoconhecimento, identificação de comportamentos e
principalmente, treinar, criar comportamentos novos para atingir resultados.
O psicodrama trabalha a
espontaneidade. O uso destas técnicas nas sessões de coaching, permite ao
coachee sentir-se seguro para enfrentar um problema ou uma situação nova.
Andréia
Roma pergunta:
Como o psicodrama pode
contribuir no processo de coaching?
Ana
Penarotti responde:
No psicodrama, o cochee representa
situações do cotidiano, inverte os papéis, coloca-se no lugar do outro e com
isso percebe como o outro responde as situações espontaneamente e como se
sente. Proporciona o autoconhecimento e promove melhorias nas relações
interpessoais, enfrentando corajosamente as situações do cotidiano.
Andréia
Roma pergunta:
Explique as fases de
desenvolvimento de papéis. E como ela pode contribuir nos processos de
coaching.
ROLE TALKING ou assumir o papel: consiste em
estimular o indivíduo a falar dos diversos papéis que vivencia, como age, como
atua, como se percebe.
ROLE PLAYING ou atuar no papel: consiste em
colocar o indivíduo em ação no papel específico que se quer trabalhar. Role
Playing, significa jogo, treinamento ou aprendizagem do papel, é o procedimento
dramático que tem por objetivo a aprendizagem e estruturação. Pode ser
utilizado em treinamentos profissionais ou para desenvolver qualquer novo papel
social que se queira atuar (vendedor, secretária, gestor, noivo ou noiva,
esposa ou marido, mãe ou pai, filho ou filha).
ROLE CREATING ou atuar de forma criativa no papel,
que consiste em desempenhar de forma espontânea o papel em um momento real.
Nesta etapa, após ter desenvolvido
novas respostas ao meio, a partir do role playing, o indivíduo já possui um
estoque de novos comportamentos que poderá utilizar em situações do cotidiano.
Andréia
Roma pergunta:
Que resultados você tem
observado, utilizando o psicodrama?
Ana
Penarotti responde:
Percebo que ao reconhecer
seus comportamentos, o indivíduo é capaz de criar novas formas de agir. Treinar
novos comportamentos e planejar sua própria vida. Ele é capaz de vivenciar
situações novas antes mesmo de enfrentá-las. A vida passa a ser um grande
teatro.
Ana, quero agradecer sua contribuição e
conhecimento.
Andréia
Roma
Obrigada pela oportunidade.
Ana
Penarotti
***********
A Coach e Editora Andréia Roma entrevista a
profissional e Coach Fernanda Dutra que é sócia da Consultoria Tríax
Treinamento e Desenvolvimento Humano, consultora sênior e facilitadora no
INVENT e consultora "DISC" nível avançado pela E-talent. Professora
no Senac e Sincor. Formada em Administração de Empresas pela Universidade
Paulista, em Artes Plásticas pela Escola
Panamericana de Arte. Possui pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas e
em Marketing ambos pela Universidade Mackenzie. É também especializada em
Consultoria Interna pela Adigo Consultores, Master Practitioner em Programação
Neurolinguística pela SBPNL, Gestão Estratégica em Neurobusiness pela Tai e
Coaching Internacional pela Academia Brasileira de Coaching. Sua experiência
profissional inclui atuação como consultora nas áreas de Marketing, Vendas, Recursos Humanos e
Comportamentais nas empresas: Porto Seguro,
Real Seguros, Cardif, HDI, Arcelor Mittal, Ford, dentre outras.
Tema:
Coaching e o uso da
Intuição e Criatividade para potencializar as tomadas de decisão
Andréia
Roma pergunta:
O que e intuição e qual a diferença da decisão
puramente racional?
Fernanda
Dutra responde:
A intuicao vem do latim intueri, que significa ver de
dentro, contemplar o interior, ou seja uma sabedoria que temos e que muitas
vezes nao sabemos que existe. Cientistas falam muito sobre nossa capacidade de
ver o futuro antes do presente, Dick Burman e Dean Radin fizeram um experimento
muito interessante, eles colocaram pessoas em frente a um computador onde apareciam
imagens de forma randômica, com intervalos de tempo variados. Através de
respostas galvânicas da pele mediam as emoções, na verdade o paciente não tinha
a menor ideia de que figura viria, eles perceberam que milésimos de segundos
antes de uma foto aparecer já era possível identificar as reações. Como? Outros
cientistas ratificaram este experimento entre outros e a conclusão que chegaram
e que o cérebro de fato visualiza o futuro antes mesmo do presente, ou seja , a
intuição.
Na verdade a intuição complementa o processo racional,
um não elimina o outro, por exemplo posso receber uma proposta de trabalho
tentadora e por estar bem empregada gera uma dúvida, faço ponderações das
minhas perdas e ganhos e ainda assim não ter uma definição. Ai me vem o
sentimento de que devo seguir por um caminho x… está aí a intuição.
Andréia
Roma pergunta:
Mas como a intuição, que é uma forma imprecisa, quase
esotérica, pode ser usada no mundo corporativo que é tão racional, onde perdas
são prejuízos, com garantia de sucesso?
Fernanda
Dutra responde:
Eu não
acredito em garantia de sucesso nem em decisões racionais e nem nas intuitivas.
Mesmo em grandes planejamentos pode haver falhas. O que de fato acredito é que
somos capazes de conquistar o que almejamos e para isso precisamos de nossas
capacidades racionais e intuitivas. A intuição e ainda vista como algo
esotérico, mas é um campo mais profundo. Não tenho nada contra o esoterismo, só
não podemos confundir as coisas. A intuição é um campo que dominamos quando
comandamos nossos instintos. Nós temos três instintos básicos, que é o medo, a
raiva e a carência. Todos nós temos para garantir nossa sobrevivência, afinal o
medo me protege de pular do 10º andar de um prédio, a carência para procriar e
a raiva para me defender. O medo me leva a querer controlar tudo, como isso não
é possível, gera frustração, a carência me leva ao senso de escassez, da falta,
ou seja não tem para todo mundo, preciso agarrar o que tenho, não tem outro
jeito, não tem outro caminho e a raiva me leva a um padrão de reação com o
mundo onde nada esta bom o suficiente e isso gera infelicidade. O fato é que o
instinto busca a sobrevivência, mas não pode nos dominar. O antídoto do medo e
a fé, acreditar que e possível, da raiva é o amor, a entrega, criatividade e da
carência é o senso de abundancia, ver um mundo onde tem espaço para todo mundo.
Isso leva a explorar melhor as possíveis soluções nos problemas do dia a dia. O
profissional que atua conectado a este campo da intuição fica provido de uma
inteligência espiritual e intuitiva e com isso gera soluções mais rápidas e
criativas em problemas ou direcionamentos estratégicos nas empresas. São
pessoas com extremo bom humor, mesmo em crises. Isso hoje no mundo corporativo
são os profissionais de ouro.
E te digo mais, profissionais que possuem uma vasta
experiência na área onde trabalham, ao aliar esta capacidade intuitiva em suas
decisões, potencializam suas capacidades. Infelizmente muitos acabam usando sua
experiência para criar paradigmas e verdades absolutas que atrapalham este
processo.
E como essa verdade absoluta e excesso de autoconfiança
podem atrapalhar na conquista de um resultado?
Fernanda
Dutra responde:
Quando pergunto em treinamento o que é melhor: a dúvida
ou a certeza, a maioria responde que é a certeza. Eu prefiro a dúvida, pois ela
me permite olhar ao meu redor e ver se este e o melhor caminho. Nietzsche com maestria já dizia que a maior
inimiga da verdade não é a mentira e sim a convicção. Pessoas que tem verdades
absolutas fecham este campo da intuição, pois acreditam que sabem demais de um
assunto e seguem caminhos nos quais estão acostumados a seguir. O risco é que o
mundo muda, tudo esta se transformando e muitas vezes o que deu certo no
passado não é mais adequado neste momento e isso pode atrapalhar o resultado.alem
disso as vezes é preciso tomar uma decisão muito rápida ou algo deu errado no
planejamento, estar aberto a novas possibilidades e para a intuição e
fundamental.
Andréia
Roma pergunta:
E o uso da criatividade? Como entra neste processo?
Fernanda
Dutra responde:
A criatividade como falei aparece automaticamente no
campo da intuição, pois se acredito profundamente nas minhas capacidades
interiores, busco com amor resultados e tenho um senso de que para todo
problema tem uma solução, minhas alternativas serão mais criativas. Isso gera
uma neuroplasticidade em meu cérebro que permite ver mais opções, ampliar
minhas crenças e visão de mundo.
Andréia
Roma pergunta:
E o que e Neuroplasticidade? Como funciona?
Fernanda
Dutra responde:
A neuroplasticidade e a flexibilidade cognitiva que
temos. Assim como exercitamos nosso corpo, podemos exercitar nossa mente. Você
vai em uma academia, ou prática um esporte e quanto mais exercícios vai adquirindo
mais flexibilidade, com o cérebro também é assim. Posso criar mais conexões.
Para entender melhor, através das cadeias neurais, as sinapses, eu aprendo
quando criança que existem objetos redondos, frutas, a cor vermelha e sabores
adocicados, quando conecto estas cadeias, tenho uma maca. A primeira vez que
dei para minha filha uma maça verde, ela me perguntou se era uma pera, pois
gerou uma dissonância já que ela só conhecia a maça vermelha. Mesmo eu falando
que era uma maça, por um tempo ela me perguntava se tinha mais pera-maça para
comer, depois ela passou a entender que havia dois tipos de maças. É assim que
funciona nossas sinapses, passo a ampliar as possibilidades do meu campo de
visão.
Andréia
Roma pergunta:
Durante seus atendimentos de coaching, quais
ferramentas que utiliza para despertar essa chamada inteligência intuitiva?
Uso muito a arte como canal para a intuição. Sou artista
plástica e pinto desde meus 9 anos. Quando estava na faculdade, estudava
Administração de Empresas e fazia o curso de Artes Plásticas simultaneamente,
era no mínimo curioso que uma estudante de artes, estivesse com livros de
economia e finanças na mão e em contrapartida com livros de arte em aulas de
contabilidade por exemplo. Mas isso é o que trazia para mim um equilíbrio fantástico,
pois podia estimular o hemisfério esquerdo com a lógica e o direito com a
intuição e criatividade. Mais tarde, na minha primeira pós, aprofundei-me neste
assunto na minha monografia. Baseado no estudo de Betty Edwards, que gerou o
livro "Desenhando com o lado direito do cérebro", passei a aplicar um
exercício nas sessões de coaching, onde a pessoa desenhava um cavaleiro com um cavalo.
Quem estudou arte sabe o quanto e difícil desenhar mãos, pés, cavalos. Imagine
uma pessoa que nunca teve nenhuma aula de desenho, ou contato com arte antes. O
fato e que a figura é colocada de cabeça para baixo e colocamos uma folha em
parte da imagem. Ao desenhar, ao invés da pessoa pensar: “nossa isso é um
cavalo, esta é uma cabeça e não sei desenhar”, ela passa a ver curvas e traços
que podem ser facilmente copiados. Também não pode utilizar a borracha, isso
faz com que a pessoa ao errar transforme criativamente um traço em sombra por
exemplo. O que mais me fascina e que os resultados são fantásticos, são
desenhos bem profissionais e maduros. Geralmente causa grande surpresa. Existem
outros exercícios que a arte nos amplia a visão e fortalece a sensação de que
somos mesmo capazes de realizar através da nossa sabedoria interior. Mas é
preciso acreditar nisso! Além da arte, o uso de várias ciências e estudos
mesclados enriquecem o processo, uso, por exemplo, a Antroposofia,
Neurociências, Programação Neurolinguística, Psicodrama, entre outros.
Andréia
Roma pergunta:
E quais são os resultados? Você tem algum dado para
demonstrar o sucesso deste processo na pratica?
Fernanda
Dutra responde:
Muitos casos, coachees que mudaram sua carreira ou até
mesmo ajustaram seus trilhos, em geral as pessoas ao se descobrirem ficam
encantadas com a sua sabedoria interior e passam a ter resultados de alta
performance. Por questão de privacidade com meus clientes, vou relatar um
exemplo meu. Sou consultora, viajo pelo Brasil inteiro e tenho uma filha de 4
anos. Eu e meu marido em uma decisão estritamente racional em algum momento
decidimos ter apenas um filho. Avaliamos na ocasião perdas e ganhos,
viabilidades financeiras, qualidade de tempo com as crianças, carreira, empresa,
etc. Só que minha intuição dizia que não era essa a decisão correta, sentia que
me faltava algo. Decidi usar o processo e metodologia do coaching para
redefinir esta decisão. Quando me permiti entrar no campo da intuição passei a
ver infinitas possibilidades e soluções que não via antes. Construí um
planejamento familiar e financeiro com meu marido e um planejamento estratégico
da empresa com minha sócia. O resultado é que estou aguardando a chegada de um
bebe com muita alegria, minha empresa esta indo muito bem e até entrei junto
com a minha sócia neste projeto como coautoras. Ou seja, o campo de intuição me
abriu fronteiras criativas e estratégicas.
Andréia
Roma pergunta:
Quais os conselhos que você daria para um profissional
para que desperte no seu dia estas importantes ferramentas? Há algum exercício
diário, corriqueiro que possa ajudar?
Fernanda Dutra responde:
Existem muitas coisas que ajudam no dia a dia, como
por exemplo, para aumentar a flexibilidade cognitiva , buscar conhecimentos
diversificados, escolher caminhos diferentes , dar muitas risadas, conhecer
pessoas e culturas diferentes. No campo da intuição, exercícios físicos que
tragam paz interior como Ioga e Pilates.O contato com a arte sem duvida e
também praticar um canal com a sua espiritualidade constantemente.
Muitas pessoas me procuram alegando que na teoria e
fácil, mas não conseguem encaixar estas coisas em suas rotinas, na verdade são
seus paradigmas. O processo de Coaching ajuda muito a ampliar estas crenças e
costumo trabalhar com o coachee seu estado desejado dentro de seu equilíbrio
pessoal, que varia de pessoa para pessoa. A intenção é que a pessoa consiga por
meios próprios e não ficar dependente de ninguém. Eu sem duvida aconselho o
coaching como um caminho para esta conquista.
*****
A Coach e Editora Andréia Roma entrevista
o Profissional Nuno Quelhas, que fala sobre sua experiência e mudanças que a PNL
e o Coaching fizeram em sua vida.
"PNL e Coaching na minha Vida são como
lupas para ver o invisível!"
Andréia Roma pergunta:
Descreva um
pouco sobre você e sua experiência?
Nuno Quelhas responde:
De formação académica, eu sou engenheiro
civil, mas já antes de terminar o meu curso eu sabia que o meu caminho não
seria por essa área. Terminei a licenciatura por uma questão de teimosia, pois
detesto sentir que desisti de algo, por realização pessoal e pelo orgulho que
faria sentir à minha Mãe por ter uma licenciatura. É verdade que, naquela
época, eu não fazia a menor ideia do que quereria fazer, mas uma coisa eu
sabia: não era exercer aquilo! Por não ter um outro desafio ou projeto ou sonho,
eu me fui deixando ficar. Só percebi o que aprendi inconscientemente com essa
etapa da vida um pouco mais tarde.
Hoje reconheço que foi muito importante para
o meu desenvolvimento como homem, me proporcionando experiências muito enriquecedoras,
essencialmente no campo das relações sociais e interpessoais, o que era, na
minha adolescência, uma área desafiante para mim e claramente subdesenvolvida.
Quando terminei o curso, estava como que reemergindo de um processo depressivo
profundo. Algo que eu identifiquei como o final de um ciclo de vida e seu
consequente 'renascimento'.
Foi neste contexto que 'por acaso' fui
atropelado (a sensação foi mais ou menos essa) por algo a que chamavam de
'desenvolvimento pessoal'. Os conceitos, as ideias, o mindset, a atitude das
pessoas que conheci me viraram do avesso e quebraram muitos dos pensamentos
estruturantes que eu tinha, muitos deles culturais e, por isso, difíceis de
mudar para tantas pessoas. Se algo 'foge da caixa', as nossas defesas do
inconsciente tendem a gritar 'NÃO!', e a minha experiência me tem provado que
precisamos estar num processo quase caótico para finalmente cedermos e
aceitarmos mudanças drásticas no nosso papel da Vida!
Tive o privilégio de conhecer nessa altura
alguém que veio a tornar-se numa das pessoas mais influentes da minha Vida: Jim
Rohn, que me ensinou que para que as coisas mudassem para mim, eu teria de
mudar primeiro! Sendo que 'primeiro' é a chave desse ensinamento! Me disse que
para isso, eu precisava de estudar a Vida!
Essa foi uma novidade para mim... Estudar a
Vida, desenhar o futuro, construir a minha felicidade! Durante o ano seguinte,
li mais livros que em toda a minha vida até então! Desde esse dia foram já umas
centenas, que me têm vindo a enriquecer interiormente de uma forma imensurável!
A PNL, o Coaching, o método Ericksoniano e
tantos outros foram surgindo de uma forma natural ao longo do precurso de
aprendizagem e, curiosamente, fui me dando conta que eram temas que apenas
estava recordando, não 'aprendendo'! Você
sabe quando 'aprende' algo que já sabe, mas não sabia que sabia...? Era essa a sensação
que eu ia experimentando à medida que estudava essas áreas.
Atualmente, trabalho com empresas fazendo
coaching, treinamentos e consultadoria motivacional. Para o público, faço life coaching
e workshops de desenvolvimento e orientação pessoal, aplicando o método da
ESTRELA, a base do meu tema no livro PNL&COACHING!
Andréia Roma pergunta:
O que sentiu quando recebeu o convite para
participar do Livro PNL & Coaching?
Nuno
Quelhas responde:
Olha,
para dizer a verdade, verdadeira , a primeira coisa que senti foi 'estranheza'!
(risos) Fiquei muito surpreendido com o convite e, principalmente, com a origem
do convite! Eu perguntava a mim mesmo: "Eu?! Mas como é que alguém de
S.Paulo, do outro lado do Atlântico, conhece o meu trabalho a ponto de me
convidar para um projeto desses...? Tem
outros players
no mercado
português com muito mais nome do que eu... não, necessariamente mais
competência, mas claramente mais nome... como e porquê eu?!". Passado esse
primeiro dia de surpresa, veio a resposta: "claro que me convidaram
a mim! A quem mais poderiam convidar, senão
eu?" (risos).
Passado esse turbilhão emocional inicial, o
que senti e sinto foi e é honra pelo
convite, um enorme entusiasmo pelo projeto,
uma gratidão imensa pela oportunidade e orgulho, fruto do meu trabalho estar a
ser reconhecido, até além mares! Por outro lado, sinto também o peso da
responsabilidade do desafio proposto!
Andréia Roma pergunta:
O que você quer compartilhar com o leitor, com seu artigo que será
lançado no Livro ?
Nuno Quelhas responde:
Foi um enorme desafio para escrever o
artigo, por vários motivos. Um deles foi escrever em tão pouco espaço! (risos) a
escrever, como a falar, tenho tendência natural a me alongar, pois gosto de
ilustrar os meus pontos com metáforas, estórias e histórias, de forma a criar
identificação do público e dos formandos, não apenas comigo, mas essencialmente
com a mensagem a transmitir. Um acrescento a esse desafio foi o conteúdo! Eu
fazia questão (e nem sequer iria aceitar o convite ou lhe apresentaria algo que
assim não o fosse) que o artigo tivesse conteúdo prático. Ou seja, como o
próprio
projeto se intitula, 'um manual prático',
tem de ter material para eu poder aplicar
imediatamente, mal eu termino de ler! Senão,
não é 'prático'! Esse era um critério bem importante para mim!
O terceiro desafio era criar uma envolvência
com os nossos leitores que os
agarrasse ao livro e não conseguissem parar
de ler, sugando e absorvendo palavra por palavra, antecipando a próxima,
querendo saber onde leva a narrativa, ao mesmo tempo que se identificam e fazem
o link com as suas própria realidades.
Finalmente, o derradeiro desafio: transmitir
o conceito da ESTRELA DA VIDA, respeitando os critérios anteriores! E lhe digo
que foi bem desafiante! Como conseguimos falar de algo que nos apaixona, que
criámos e, por isso, conhecemos como ninguém, ainda para mais, tão abrangente
como é o método da ESTRELA.
O que eu quero passar para o leitor, nesse
artigo, é todo esse somatório de coisas!
Um método de autocoaching ou, como eu prefiro chamar, um método de desenvolvimento
e orientação pessoal, através do qual o leitor terá a chance de
mergulhar, refletir, ponderar e avaliar 7
pontos, simbolizados pelos 7 raios da ESTRELA, que eu considero os pilares
fundamentais para projetarmos uma vida plena, com relações harmoniosas, sucesso
q.b., na medida das ambições de cada um, maior realização pessoal e congruência
com a Vida, o que leva a que os fatores de felicidade sejam mais conscientes,
mensuráveis e alcançáveis.
O artigo está para o método como a fechadura
para porta, através da qual a criança espreita para perceber que existe todo um
novo e diferente mundo, cheio de coisas novas e maravilhosas. Acredito que
alguns irão ficar com curiosidade e vão querer entrar por essa porta. Outros
ficarão apenas espreitando pela fechadura e outros ainda apenas irão ficar
olhando a porta em si! E eu quero chegar a todos, pois até ficar simplesmente
olhando para a porta é um passo, se nunca tiver realmente olhado com atenção.
Mais cedo ou mais tarde, poderá perceber que tem um buraquinho na fechadura por
onde pode ohar...
Andréia Roma
pergunta:
Quais mudanças aconteceram em você quando
encontrou a PNL e o Coching?
Nuno Quelhas responde:
Eu tive conhecimento de uma 'coisa' chamada
PNL através da minha Mãe, por volta de 2004. (não tenho certeza, mas) acredito
ter sido das primeiras pessoas em Portugal a estudar isso, pois foi bem antes
do grande boom
que essas técnicas
e disciplinas tiveram por cá. Na altura, estudei o Practitioner por vídeo, como
autodidata, pois tive a felicidade de encontrar na internet um curso, que mais
tarde percebi que era ministrado por alguns dos grandes gurus da PNL da 2a
geração, como Charles Faulkner, Tom Best, Steve Andreas e Jane Price.
Na época, não tinha recursos para fazer a
certificação nos Estados Unidospessoalmente com eles, por isso, treinava
sozinho. Ninguém que eu conhecia percebia sequer o que significava PNL (a
maioria ainda não! (risos)), por isso não pude desenvolver as capacidades com
ninguém, a não ser através de pequenas experiências que ia fazendo a nível de rapport, metaposições, metamodelo, indução ericksoniana
ou visualizações com minha Mãe e alguns amigos, sem que eles percebessem o que
eu estava fazendo. Confesso que na altura percebia nas suas caras que achavam
que eu tinha pirado de vez! (risos). Também me permitiu inovar na forma como eu
conduzia os treinamentos. Fiz o Practitioner por vídeo umas 5 vezes, nos
primeiros 2 anos, e o Master umas duas vezes no mesmo período.
Finalmente estava a amar aprender algo novo,
ainda que, como falei há pouco,
sentisse que não era 'novo', mas sim um
recordar.
O coaching
foi uma
consequência natural desse aprendizado autodidata. Como me apaixonou o
metamodelo, o processo de coaching
não foi
propriamente uma
novidade, mas sim um consolidar de
conhecimentos previamente adquiridos.
Aquando da minha certificação, que terminei
apenas em 2010 (assim como a certificação de Practitioner), já 'fazia' coaching há algum tempo. Inicialmente de uma forma
voluntária, mais tarde de uma forma bem sólida e como profissional. O fato de fazer
treinamentos permitiu também que desenvolvesse, de uma forma natural, a aptência
para o coaching
de grupo.
Andréia Roma pergunta:
Se pudesse
descrever em uma frase, a Pnl e o Coaching em sua vida como seria?
Nuno Quelhas
responde:
Creio que já deu para dar uma pincelada
sobre algumas das mudanças. Desde que entrei no chamado 'trilho do
desenvolvimento pessoal', eu diria que tudo na minha Vida mudou. Amigos,
interesses, estilo de vida, capacidades pessoais e profissionais, rumo profissional,
relações e formas de estar nas relações - todas elas! - autoconfiança, maturidade,
perceção do mundo exterior, realização pessoal e profissional... Enfim, poderia
facilmente estar aqui enumerando cada uma das coisas que foram se transformando
em mim e na minha Vida ao longo da última década, nem isso, na verdade 8 anos!
Não consigo atribuir ao coaching ou à PNL, por si sós, essas mudanças, pois eles
apenas são recursos, ferramentas para catalisar as mudanças e tudo está ligado
e correlacionado. Nada acontece por acaso e tudo influência tudo, não é? Apesar
de ser vegetariano, sei que uma boa feijoada tem de levar toucinho! (risos) Será
fica boa por causa do toucinho? Não! Mas não fica a mesma coisa. Precisa de todos
os ingredientes para ser boa, mas cada um terá o seu papel, por muito subtil que
seja!
Um dia, meu mentor
Jim Rohn me disse: "atreve-te a viver a Vida que queres viver!"
Foi isso que a PNL
e o coaching me ajudaram a fazer... E eu estou muito
grato!
"PNL e Coaching na minha Vida são como lupas para ver o
invisível!"
********
Andréia
Roma entrevista Neuza Santos
Tema:
Quem é a Neuza? Fale um pouco sobre você e seu trabalho?
Sou
CEO e Diretora da empresa Universo da Mente. que é uma Empresa
de Gestão de Pessoas, Treinamento e Coaching, que utiliza as
mais modernas técnicas e modelos comportamentais, voltados para a expansão das
potencialidades humanas. Nossa proposta é criar soluções de desenvolvimento
pessoal e profissional e instrumentalizar pessoas para alcançar excelência em
suas vidas.
Todo
o meu trabalho está apoiado e alicerçado em duas ferramentas de mudança, que
são a PNL e o COACHING.
Andréia Roma pergunta:
O que são ferramentas de mudança?
Neuza Santos responde:
Ferramentas
de mudança possibilitam que pessoas saiam da sua “zona de conforto” e partam
para a “zona de ação”, mobilizando e alavancando recursos para fazer mudar suas
vidas, concretizando suas metas, rumo ao sucesso.
Andréia Roma pergunta:
Como opera o Coaching?
Neuza Santos responde:
O
Coaching opera no trabalho com as metas e no desenvolvimento de competências
para alcançá-las. É liberar o potencial de uma pessoa para sua performance.
É um
processo de mudança que deve honrar visão, missão e valores pessoais.
Opera
para transformar sonhos em objetivos, objetivos em metas, metas em resultados e
resultados em sucesso.
Andréia Roma Pergunta:
Quais os benefícios de quem se submete a um ciclo de
Coaching?
Neuza Santos responde:
Os benefícios são muitos
e perenes.
Uma vez que uma pessoa se
submeta a um ciclo de Coaching, estará pronta para promover uma profunda
reforma em sua vida. O Coaching levará a pessoa do seu Estado Atual para o seu
Estado Desejado. Reforçará suas habilidades principais, ajudará a encontrar
motivação contínua para se comprometer com o que deseja, para agir na direção
correta. Também auxiliará na remoção de barreiras mentais e modificará
comportamentos problemáticos, que possam estar impedindo a efetividade no cumprimento de suas metas.
Andréia Roma pergunta:
Para que tipo de pessoas você trabalha?
Neuza Santos responde:
Para
o mundo corporativo, executivos, gestores e para pessoas físicas, seres humanos
que tenham identificado a necessidade de mudar suas vidas e queiram fazer algo
a respeito.
Andréia Roma pergunta:
O que as pessoas
entendem por problema, o que elas consideram um problema?
Neuza Santos responde:
É
quando elas percebem que existe uma diferença entre o que elas têm, o que elas
são, o que elas fazem e o que elas almejam ter, ser ou fazer, no futuro.
Problema
é a diferença entre o Cenário Atual e o Cenário Desejado. Entre um ponto e
outro há que se percorrer uma jornada, dando passos físicos e mentais,
estabelecendo novas e diferentes estratégias para viver uma nova vida, um novo
mundo, uma nova dimensão.
Andréia Roma
pergunta:
Por que mudar?
Neuza Santos responde:
Porque
mudar faz parte da natureza, não existe “não mudar”, tudo muda, o tempo todo, à
nossa volta. Basta observar a natureza e testemunhar seus ciclos de mudança.
Todo o Universo é um sistema dinâmico e sujeito a mudanças. A mudança é a base
da evolução humana e é inevitável.
Andréia Roma
pergunta:
O que mudar e como
mudar?
Neuza Santos responde:
Para
mudar, precisamos analisar dois pontos de referência: onde estamos e onde
queremos chegar. A mudança ocorrerá quando soubermos dimensionar seu tamanho e
amplitude e quando conseguirmos encontrar os recursos necessários a ela.
Não
basta querermos mudar algo, antes disso precisamos querer a mudança, depois
descobrir para onde ou para o que queremos mudar para, só então, decidirmos
mudar.
********
Trainer e C.E.O Empresa INDESP Luiza Lopes
Tema abordado: Inteligência Conjugal (I.C)
Andréia
Roma pergunta:
O que te motivou escrever sobre esse tema Inteligência
Conjugal (I.C)?
Luiza
Lopes responde:
Quando decidi falar sobre o tema “Inteligência
Conjugal” no Livro PNL & Coaching, que será lançado em abril de 2013 pela
Editora Leader, pensei na relação sólida que tenho com meu cônjuge há 37 anos,
somando 10 de namoro e 27 de casamento e o quanto essa relação tem me ensinado.
Tive a oportunidade de conhecer muitas mulheres em mim e muitos homens nele
durante esse tempo. Nessa convivência, desenvolvi algumas habilidades nessa
arte de relacionar. Tivemos muitas fases e turbulências, como qualquer casal,
mas isso não nos impediu de experimentar uma vida rica de superações, desafios,
celebrações e crescimento. Nunca tive dúvidas do amor que sinto por meu
companheiro, porém por algumas vezes pensei em desistir dessa relação por me
sentir incompetente e às vezes infeliz e incompleta do lado dele. Eu tomei
consciência queem muitas vezes o que mais eu experimentava na relação era minha
dificuldade de comunicação, de me fazer entender e também de entender o jeito
que ele funcionava. E percebo que hoje me sinto feliz e plena no meu casamento,
Penso que escrever sobre esse tema pode ser útil para outras mulheres
refletirem suas relações.
Andréia
Roma pergunta:
Qual foi o primeiro passo para restaurar a relação
conjugal?
Luiza
Lopes responde:
Eu não estava gostando do que vivia naquela relação:
insegurança, medo, ciúmes e uma grande dificuldade de criar projetos e sonhar
com o futuro do meu casamento. E o primeiro passo após essa percepção foi ir em
busca de mim mesma. Eu tive que reaprender a olhar para mim, me priorizar
através do autoconhecimento. Eu decidi me afastar do universo de tantos
afazeres como mãe, profissional, esposa e criar um espaço só meu, para poder me perceber, olhar para mim mesma e
para aquela relação de forma dissociada, imparcial. Confesso que não foi nada
fácil sair daquela zona de conforto! Foi um processo de uma busca de respostas
e significado para a minha trajetória de vida pessoal, conjugal e profissional.
Que dicas você poderia dar para que as mulheres
consigam ter mais inteligência com seus cônjuges?
Eu começaria a falar sobre nossa forma de como se comunicar.
Sabendo que existe uma diferença considerável entre o modelo de mundo do homem
e da mulher, muitas vezes a dificuldade de comunicação pode estragar
profundamente a relação.
A-
Trocar lamentação por solicitação
Começar a refletir sua forma de comunicar, aprender a
elaborar um pedido e cessar as lamentações pode trazer vários benefícios para a
relação. No casamento ao invés de lamentar:
“Você já vai sair de novo?” ou “Você nunca chega no horário?”. Faça
diferente! Experimente “Gostaria de convidar você pra ficar comigo e nossos
filhos hoje à noite, pode ser?” ou “Quero te pedir pra almoçar conosco hoje,
pode ser?”. Sair do comportamento padrão de reclamar e elaborar uma solicitação
pode ser nutritivo para a relação. Fale de forma clara, especifica e deixe o
outro saber o que exatamente você espera dele.
B-
Acompanhe antes de conduzir. Faça rapport
É importante falar no nível do outro, criar
espelhamento olhando nos olhos e procurar esclarecer as dúvidas. Isso evita
entrar um clima hostil e poderá ser muito útil principalmente se o contexto é
festivo.
C -
Trocar criticas por apreciação
Evite falar mal, julgar, fazer brincadeiras de mau
gosto. Procure se observar. Valorize o que está funcionando, maximize os pontos
fortes, elogie e pare de reforçar os defeitos e os erros. Torne a comunicação
consciente. Tome uma respiração profunda e antes de fazer o comentário com seu
cônjuge, se pergunte: “O que eu vou falar é Verdadeiro? ÉÚtil? É Bom?” Ou seja,
vai ajudar na relação? Existe uma grande diferença entre julgar e perceber.
Quando nós julgamos, damos opinião, criticamos e com isso distanciamos o outro
de nós e isso dificulta a relação. Quando
ampliamos a percepção do outro, refinamos o nosso olhar, abandonamos o
julgamento e criamos um campo seguro para a conexão. Pratique a gentileza.
Andréia
Roma pergunta:
E quando existem mágoas e ressentimentos na relação
conjugal, como proceder no ponto de vista da I.C.?
Luiza
Lopes responde:
Uma boa dica é Não acumular tóxico e lixo debaixo do
tapete
Em alguns casos o casal deixa acumular mágoas e
ressentimentos e o clima fica ruim, podendo causar intolerância e um
comportamento hostil inclusive com as crianças. Aprender a estar atento ao que
deixa o outro chateado e criar um clima favorável para conversar e tirar as
arestas pode ser muito valioso na relação. Ao invés de dizer: “Você chegou
tarde e não está nem aí pra mim para os nossos filhos, age como se estivesse
solteiro”, experimente: “Quando eu olhei no relógio e vi que você não tinha
chegado eu experimentei uma insegurança e me comportei daquela forma reativa”.
Essa é uma boa forma de afinar o instrumento e ser específico na comunicação.
Andréia
Roma pergunta:
E as discussões podem gerar desarmonia no ambiente?
Onde o casal deve lavar a roupa suja?
Luiza
Lopes responde:
É fundamental o casal ter um lugar reservado para
conversar e lavar a roupa suja.
Com o conhecimento das ferramentas da PNL passei
realmente a ter um cuidado maior com a comunicação e também com os ambientes.
Compreendi que a forma que eu falo e também “o que” e “onde” eu falo faz parte
do mesmo contexto, ou seja a cena ficará registrada na mente dos participantes
daquela comunicação. Então passei a ser mais cuidadosa para não ancorar
negativamente, não intoxicar o nosso lar. Essa foi uma forma que a PNL me
ensinou a cuidar da relação. Sempre que íamos conversar procurava um lugar
neutro que não fosse nosso quarto, sala de jantar e ambientes da nossa casa. Geralmente
escolhíamos um quarto de visitas pouco utilizado pelos filhos e por nós dois e
ali a conversa acontecia.
Andréia
Roma pergunta:
Como proceder para preservar o casamento desse
problema?
Luiza
Lopes responde:
Aprenda a cessar as críticas e evitar ridicularizar
seu companheiro (seja de forma privada ou pública)
Não exponha as fraquezas ou ridicularize seu parceiro.
Quando você faz um comentário e torna pública a fraqueza de seu parceiro, essa
atitude poderá enfraquecer a relação e disparar um sentimento agressivo e
reativo no parceiro que está se sentindo exposto. As pessoas tem a tendência de
grudar no negativo e isso poderá causar brincadeiras de mal gosto que em nada
contribui ou soma na relação. Se acontecer algo que esteja abalando a relação,
se o casal não está conseguindo reestruturar o relacionamento é interessante
pensar na possibilidade de procurar ajuda de um especialista de casal ou de
família, poder se abrir com alguém que vai ser imparcial e com certeza vai te
ajudar.
Andréia
Roma pergunta:
Como você lidou com as diferenças de mapas no seu
casamento?
Luiza
Lopes responde:
Quando ele falava algo que eu não concordava ao invés
de pensar: “Que homem difícil” eu pensava: “Que mapa diferente!” Passei a
explorar o mapa, o modelo de mundo dele e entender melhor como ele funciona.
Parei de perguntar “porque” e passei a perguntar “o que” e “como especificamente”. Isso me fez
ter consciência do meu modo reativo e passei a realmente me interessar pelas
suas razões e a usar mais as frases: Me fale mais sobre isso, Eu entendo, eu
posso imaginar. Tenha um lugar reservado para conversar e lavar a roupa suja,
Cuide para não intoxicar o seu lar.
Passei realmente a cuidar de forma diferente daquele
relacionamento e sempre que íamos conversar procurava exercitar a escuta
empática, falar coisas que na PNL chamamos de IAQ, informação de alta qualidade
e evitar usar LM – Leitura de mente, alucinação. Antes quando ele chegava tarde
do trabalho eu já o recebia com pedras na mão.” Isso é hora?” Depois fui
realmente mudando isso. Por exemplo, se ele chegava tarde do trabalho eu
falava: notei que você chegou tal hora hoje. Esta tudo bem? E isso ia despertando nele uma vontade maior
de contribuir e colaborar com nosso lar.
Andréia
Roma pergunta:
Que sugestão você teria para os casais que estão em
busca dessa de uma vida a dois mais feliz?
Luiza
Lopes responde:
É bom lembrar que não existem fórmulas mágicas para se
construir um casamento feliz e não acredito em casamento feliz o tempo todo.
Convivência a dois dá trabalho, criar filhos e sustentar a célula familiar,
também. Ampliar a nossa percepção, olhar para nossas vidas, e procurar
identificar em nós nossas fraquezas, buscando melhorá-las e perceber o quanto
projetamos nossas questões não resolvidas na relação é propósito de pessoas
corajosas.
Andréia
Roma pergunta:
Como a Programação Neurolinguística poderia beneficiar
aos casais que querem viver com mais competência Conjugal?
Luiza
Lopes responde:
A PNL é uma ferramenta simples, prática e eficaz. Está
disponível nos melhores institutos, possibilitando as pessoas a se conhecerem
melhor, e entenderem como o outro funciona e a partir daí crescerem e evoluírem construindo não só um casamento
feliz mas também, famílias mais unidas e harmoniosas e em consequência disso cidadãos mais bem
resolvidos e responsáveis.
Aprender através da PNL a ter consciência sobre a
forma de pensar e suas consequências na
estrutura das emoções e sentimentos significa gerar ações que possam construir
relações saudáveis com respeito, amor e compreensão não só no nosso lar como em
todos ambientes onde estivermos. A PNL é a chave que abre várias portas de
possibilidades para nos permitir buscar a melhor versão de nós mesmos.
Meus pais utilizavam uma frase que é muito comum em
Minas Gerais que me lembra desse contexto: “Espere o barro secar” ou seja,
respire fundo, conte até 10 e crie um clima favorável para você falar de suas
emoções e das coisas que estão incomodando. Evite agir dentro da dor, raiva,
magoa ou ressentimento.
Agradeço o convite e espero apoiar a cada leitora e
leitor deste artigo.
Luiza quero agradecer sua entrevista e lição de vida
em parceria com a PNL para aprimorar ainda mais nossa comunicação com todos a
nossa volta.
Andréia Roma
Ricardo Amorim
Ricardo Amorim, é economista formado pela
Universidade de São Paulo e pós-graduado em Administração e Finanças
Internacionais pela ESSEC (École Supérieure des Sciences Economiques et
Commerciales) de Paris e membro do Business Affairs Committee, o mais
prestigiado comitê da Câmara Americana de Comércio de São Paulo.
Já esteve em mais de 60 países e é freqüentemente entrevistado pelas principais redes de televisão, jornais e revistas do mundo, incluindo New York Times, CNN, BBC, Financial Times, Wall Street Journal, Time Magazine, Newsweek, Business Week, Washington Post, Bloomberg, Reuters, Dow Jones, Clarín (Argentina), Reforma (México), Diario Financiero (Chile), El Tiempo (Colômbia), Reforma (Peru), AFR (Austrália), Asahi Shimbun (Japão) e CBC (Canadá).
Atualmente, é presidente da Ricam
Consultoria, aconselhando grandes clientes no Brasil, América Latina, Estados Unidos,
Europa e Ásia em projetos financeiros e de investimentos. Um dos primeiros a
prever, ainda em 2.007, a atual crise financeira global, Ricardo profetiza
agora o descolamento de China, Índia e Brasil da crise econômica de EUA, Europa
e Japão. Ricardo vai mais longe e projeta que o Brasil será um dos líderes do
crescimento global nos próximos 5 anos, gerando oportunidades excepcionais de
negócios.
Um dos apresentadores do programa
Manhattan Connection da GNT desde 2003, Ricardo Amorim tem presença destacada
na indústria financeira mundial há 17 anos.
www.ricardoamorim.com.br
-----
-----
A Coach e Editora Andréia Roma entrevista direto do Japão o Empresário e
Coach Kotaro Tuji
Tema da entrevista: “Como tornar uma empresa lucrativa”.
Andréia Roma pergunta:
Kotaro qual o primeiro passo para uma empresa se tornar lucrativa?
Kotaro responde:
O lucro é o resultado de ações empreendedoras bem sucedidas.
Num mundo globalizado de hoje é de extrema importância estar preparado para ser
uma empresa competitiva. Por onde começar? Entre vários fatores três pontos são
necessários. É preciso determinar a missão, visão e a política lucrativa da
empresa.
É preciso alinhar desde o começo o rumo da empresa
para que a mesma possa funcionar como um mecanismo que produza riquezas, e
ainda assim, não afetando o meio ambiente e deixando os colaboradores e
clientes felizes.
Andréia Roma pergunta:
Em sua opinião qual seria os maiores problemas das empresas brasileiras?
Kotaro responde:
De acordo com a Central brasileira do setor de
serviços, hoje, cerca de 49,6% das pequenas e médias empresas brasileiras
fecham suas portas, nos primeiros dois anos de existência, sendo que 78% das
causas equivalem a problemas de gestão".
Interessante também destacar que 42% dessas empresas
têm o contador como principal conselheiro, mas esses profissionais por mais
qualificados que sejam tem formação técnica da contabilidade e não de
administração".
Outro fator que acho superinteressante é o motivo que
leva a maioria dos brasileiros a entrar no mundo empreendedor, de acordo com a
pesquisa do GEM a necessidade e não a oportunidade é um fator mais importante.
Sendo assim, 55,4% dos empreendedores entraram devido
terem dificuldade em encontrar trabalho. Essa porcentagem coloca o Brasil com a
maior taxa de atividade por necessidade dos 37 países pesquisados.
Desta forma fica bem claro que, na verdade o problema
de gestão é devido à falta de planejamento e desenvolvimento do comportamento
empreendedor.
Andréia Roma pergunta:
O que fazer para aumentar a lucratividade nas empresas?
Kotaro responde:
Nesses mais de 23 anos que moro no Japão tive a
oportunidade de vivenciar a expertise dos japoneses em pequenos detalhes que ao
longo prazo gera grande lucros. Entre eles posso citar:
Uma forma de ganhar dinheiro é parar de perder, é
preciso criar formas e maneiras de otimizar os processos e evitar repeti-los e
acima de tudo criar a mentalidade de economia sem afetar a qualidade, mesmo nas
pequenas coisas.
Uma coisa extremamente simples, mas que no Brasil
ainda não está sendo utilizado de forma expansiva está relacionado ao
atendimento, alias a excelência no atendimento ao público, as empresas gastam
fortunas na busca de clientes e depois que conseguem perdem a maioria por falta
de respeito e atendimento. A linha de frente precisa estar com a inteligência
emocional desenvolvida e estimulada para tratar bem os clientes.
Uma terceira maneira é conhecer a empresa de forma
sistêmica, ou seja, entender qual a melhor forma de integrar todas as partes e
direcioná-las a competitividade e a lucratividade. Quero dizer que é preciso
manter a empresa integrada um por todos e todos por um.
Andréia Roma pergunta:
Em sua opinião o que é mais importante dentro de uma empresa?
Kotaro responde:
As pessoas. Embora existam máquinas, tecnologias e
equipamentos que são de suma importância para o desenvolvimento de uma empresa,
ainda assim são as pessoas que conduzem, criam e inovam. Pesquisas revelam que
empresas que lideram o mercado apenas pelo preço podem ser superadas em até
mesmo um mês, mas empresas que dependem de pessoas qualificadas podem levar até
seta anos.
O Brasil ainda investe muito pouco no desenvolvimento de
seus colaboradores, é preciso acompanhar as mudanças no cenário, os
colaboradores precisam sentir que a empresa onde trabalham é uma extensão de
sua felicidade.
Andréia Roma pergunta
O que você recomendaria para o sucesso de uma empresa?
Kotaro responde:
Gosto de utilizar uma história que li algum tempo atrás.
Era uma vez quatro indivíduos chamados: Todo Mundo,
Alguém, Ninguém e Qualquer um.
Quando havia um trabalho importante para ser feito, Todo Mundo estava certo de que Alguém faria.
Qualquer um poderia ter feito, mas Ninguém fez.
Quando Ninguém
fez, Alguém ficou nervoso porque isso era obrigação de Todo Mundo.
No final, Todo
Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito.
O sucesso está na organização!
Kotaro quero agradecer sua visão e conhecimento certa
de que apoiará a muitos empresários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário