Andréia
Roma pergunta:
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Graça fala um pouco sobre sua trajetória
e experiência na Educação? Quem é você para educar?
Graça Santos
responde:
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Amo o que faço! Sou uma pernambucana arretada! Primeira
filha de uma família típica pernambucana com 6 filhos. Cedo, mamãe, apresentou-me
os conceitos que ainda hoje me possibilitam o maior número de conexões, mas que
principalmente me ensinaram a SER GENTE.
“Escreveu, não leu, o pau comeu", "Quando chegar quero encontrar pronto" e "Só te ensino uma vez". Este é o tripé que estrutura estas conexões, e após os filtros mentais, percebo o quanto ela, demonstrou sua competência amorosa disseminando os valores universais, projetando-me para um mundo de possibilidades para que eu desenvolvesse as múltiplas potencialidades criativas para resolução de problemas.
Cedo aprendi o significado do verbo cuidar. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Cedo aprendi a transgredir para SER. Ser Resiliente. Ao entrar em contato com estas potencialidades percebo que a forma como fui criada vem garantindo a minha busca em direção a um mundo melhor. Sou curiosa e comunicativa. Tenho uma alma animada e principalmente gosto de gente! Ao final deste ano posso contar que os 35 anos de convivência na e pela EDUCAÇÃO, me fizeram uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder, e que antes de tudo EDUCAR é um ato de amor presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Apreendi intensamente, sendo mãe.
“Escreveu, não leu, o pau comeu", "Quando chegar quero encontrar pronto" e "Só te ensino uma vez". Este é o tripé que estrutura estas conexões, e após os filtros mentais, percebo o quanto ela, demonstrou sua competência amorosa disseminando os valores universais, projetando-me para um mundo de possibilidades para que eu desenvolvesse as múltiplas potencialidades criativas para resolução de problemas.
Cedo aprendi o significado do verbo cuidar. Cuidar de mim, cuidar da casa, cuidar da roupa. Cedo aprendi a transgredir para SER. Ser Resiliente. Ao entrar em contato com estas potencialidades percebo que a forma como fui criada vem garantindo a minha busca em direção a um mundo melhor. Sou curiosa e comunicativa. Tenho uma alma animada e principalmente gosto de gente! Ao final deste ano posso contar que os 35 anos de convivência na e pela EDUCAÇÃO, me fizeram uma pessoa melhor, entendendo que a palavra tem poder, e que antes de tudo EDUCAR é um ato de amor presente em cada gesto, em cada olhar, em cada toque. Apreendi intensamente, sendo mãe.
Na caminhada em busca do quem sou eu para educar, conheci e convivi com pessoas surpreendentes de áreas que influenciam o eterno e infinito desejo transdisciplinar de me dedicar ao despertar do potencial humano, sempre fundamentada numa proposta, cuja base são os Valores Humanos.
Alguns penduricalhos configuram na jornada acadêmica como Professora, Pedagoga e Orientadora Educacional. Outros, tão ou mais importantes, só poderemos perceber quando caminharmos juntos, ousarmos olhar nos olhos, nos abraçarmos e sentirmos a nossa ecologia pessoal.
Há 35 anos, na área educacional, sendo que 27 destes, dedicados à educação pública, onde iniciei como Professora da Classe de Alfabetização no CIEP 099 - Dr. Bolívard Gomes de Assumpção, na Baixada Fluminense. Foi o momento de minha projeção para o mundo dos professores protagonistas. APRENDER A SER PROFESSORA, APRENDER A ENSINAR E APRENDER A TREINAR PROFESSORES eram algumas das brilhantes metas revolucionárias de Darcy Ribeiro, o Educador que criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP). Fui muito feliz, e nesta época, apenas com 22 anos de idade, participei ativamente da implantação de um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio Teixeira.
Exerci ainda o cargo de Diretora Adjunta Pedagógica,
Professora Orientadora, Coordenadora Pedagógica de Ensino Médio, Coordenadora
Pedagógica dos Cursos de Contabilidade e de Meio Ambiente, entre outros. Fui
Coordenadora Estadual de Ensino Médio, momentos em que apreendi o pensamento
estratégico sistêmico na prática.
Conheci a Programação Neurolinguística na década de 90. De lá para cá, venho de forma autodidata pesquisando e apreendendo a essência e a estrutura desta mágica ferramenta de melhoria da comunicação e das relações humanas em todos os contextos, ora pessoais e profissionais.
Como
Orientadora Educacional em instituição privada foram elaborados projetos com
foco em professores, alunos, pais e responsáveis da Educação Básica, além de
coordenar pedagogicamente o grupo de professores da disciplina de Física na elaboração
do Projeto Pedagógico. Ministrei ainda aulas de Filosofia e Sociologia para
turmas de Ensino Médio.
Quem sou eu para educar? Uma profissional inquieta, que tem como propósito
inspirar e capacitar pessoas e profissionais para a transformação desejável,
por meio de vivências que conduzam ao realinhamento cultural das crenças,
valores, hábitos e atitudes com foco na excelência de resultados e na
lucratividade pessoal.
Andréia
Roma pergunta:
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Como, e quando surgiu a ideia de
trabalhar com o Coaching voltado ao meio educacional?
Graça Santos
responde:
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Esta pergunta instigante me remete
aos bancos acadêmicos e a legislação que respalda a formação acadêmica, além de
me apoiar nos escritos da Professora Mírian Paura, em que analisa o Espaço
Filosófico da Orientação Educacional. Tenho três profissões... Professora,
Pedagoga e Orientadora Educacional, esta última regulamentada pela Lei nº
5.564/68 que destaca o educador que tem compromisso com a formação de um
cidadão crítico e consciente, bem como as funções de coordenar, planejar, sistematizar e participar. Cabe ainda destacar
que em Orientação Educacional, é importante, não é apenas o saber teórico, mas
o saber competente e compromissado com a educação e a realidade do país. É
posto ainda que além dos conhecimentos específicos, há de se ter conhecimentos
antropológicos, políticos, econômico, históricos. Esta formação acadêmica
garante que a minha atuação como Coach Educacional deve ser dimensionado pelo
ponto de vista das ideias pedagógicas, atenta a intercessão da Orientação com a
Educação e com o processo de Coaching. Concluindo esta resposta o papel de
mediadora entre a prática valorativa das pessoas (alunos, professores, equipes
pedagógicas, pais e funcionários) e as exigências da sociedade já faziam parte
das minhas escolhas, no momento da entrada para o mundo da Educação. Sou
professora desde os 14 anos de idade, Pedagoga e Orientadora Educacional desde
1996, e neste período, modelei a atuação encantadora de muitos professores, o
que baliza o trabalho e as propostas do primeiro livro sobre Coaching Educacional,
além de ter formação em PNL pelo INeP – Instituto de Neurolinguística e
Psicologia Aplicada e Coach Professional pela ABRACOACHING – Academia
Brasileira de Coaching.
Andréia
Roma pergunta:
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De 1 a 10 o quanto você acredita
que a ferramenta coaching pode mudar a educação ? E porque?
Graça Santos
responde:
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Mudar a Educação? É uma pretensão histórica e cultural de todos
nós, no entanto ela está em permanente mudança. No entanto, tenho a crença de
que se quero, eu posso pensar global e
agir local. Afinal tenho conhecimento e treinamento no processo de Coaching
e tenho disponível uma poderosa caixa de
ferramentas com ideias e estratégias para professores, pais e gestores que
querem aumentar seu poder de persuasão e conhecimento. Há de se disseminar que
o Coach seja percebido como um maestro no desenvolvimento pessoal e
profissional.
Andréia
Roma pergunta:
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Hoje no Brasil há vários ruídos na
Educação, qual sua opinião sobre isso? E o que você aborda sobre as mudanças em
seu livro?
Graça Santos
responde:
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Os ruídos na Educação Brasileira evidenciam
a abençoada crise e quanto o processo está em permanente construção e
(re)construção, o que gera oportunidades que despertam para as mudanças que envolvem esforços de várias ordens, das mais simples as
mais complexas. O livro Coaching Educacional evidencia o registro de simples experiências
como Pedagoga e Orientadora Educacional treinada para desenvolver e registrar suas
próprias concepções pedagógicas com relação ao HOMEM, ao MUNDO, a SOCIEDADE, a
CULTURA, ao CONHECIMENTO, a ESCOLA, ao ENSINO E APRENDIZAGEM, a RELAÇÃO INTERPESSOAL,
a METODOLOGIA e a AVALIAÇÃO.
Andréia
Roma pergunta:
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Qual a visão que você tem sobre a
liderança no meio educacional?
Graça Santos
responde:
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Para
ilustrar a resposta, lanço mão dos fragmentos do texto baseado na transcrição
da palestra de Roberto Crema “Liderança no Século XXI: impactos da passagem do
milênio”, proferida no Centro Cultural da Câmara dos Deputados e irradiada pela
TV Câmara e TV
Senado,
em maio de 1998.
(...) Vivemos um tempo absurdo, onde perdemos a
escuta. Alguém perguntou a um índio de 101 anos, um Xamã, um Pajé americano: -
O que você faz? Ele disse:
-
Eu ensino meu povo.
-
O que você ensina?
-
Quatro coisas, ele respondeu: Primeiro, a
escutar;
-
Segundo: que tudo está ligado com tudo;
-
Terceiro: que tudo está em transformação;
-
Quarto: que a terra não é nossa, nós é quem
somos da terra.
Os
liderados mudaram. A sociedade passa um desafio dramático de liderança. As
pessoas não aceitam mais fazer as coisas por simples obrigação. Além dos
objetivos, mesmo que ainda não muito claros, elas tem mais oportunidades de
escolhas. O líder precisa desenvolver a capacidade de inspirar, e construir com
seus liderados, professores e alunos, um sonho comum. E para isso, se faz necessário a ressignificação
dos conceitos de liderança, ampliando a consciência de ações estratégicas tais
como: inspirar, motivar, conciliar e apontar o caminho à frente.
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E quais os benefícios que
professores e alunos, orientadores, e outros no meio educacional, vão ter ao
ler o seu livro, e futuramente participar de seu treinamento Coaching
Educacional?
Graça Santos responde:
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Para o leitor aproveitar ao máximo os
sete capítulos do livro chamo a atenção para as metáforas que utilizei em homenagem à
minha primeira Coach, minha mãe, uma costureira que me ofereceu linha, agulha,
tesoura e os apetrechos necessários para eu “costurar” uma história única, real
e exclusiva. Aprecio muito as metáforas, pois além de se comunicar com os
dois lados do nosso cérebro é uma poderosa ferramenta na educação que nos
transporta do estado atual para o estado desejado por meio do encantamento. O
livro oferece registros de experiências sustentadas na experiência
profissional, orientando quem orienta
a buscar novas possibilidades na sua própria experiência, além de informar a
evolução do Coaching, desde o seu surgimento do termo na Inglaterra em 1500. Seguindo em frente são
apresentados cases que envolvem alunos da Educação Básica e um diálogo virtual,
evidenciando a aplicabilidade do Coaching por meio das redes sociais. O livro
configura-se numa fonte de inspiração e criatividade para realização de um
trabalho combinado com a sua expertise. Para participar do Treinamento
ORIENTADO QUEM ORIENTA: Coaching Educacional, propõe experiências que envolvem
PNL, Endoquality, Storytelling, Didática, Inteligência Emocional, Orientação
Profissional, gerando Autonomia de Conhecimento fundamentadas nos Valores
Humanos. Se você tem foco, vontade e capacidade, está pronto para a projeção de um novo design
com ações simples e poderosas. Curioso? Curiosa? Venha potencializar os seus
talentos!
Andréia
Roma pergunta:
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Para finalizar a entrevista, quero
que você fale sobre sua missão em ter lançado um livro voltado ao meio
educacional? E o que você diria a professores, orientadores, e outros no meio
educacional, sobre a experiência de publicar seu livro depois de mais de 35
anos voltados a Educação?
Graça Santos
responde:
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Lembro-me de certa
magia quando li para vovó pela primeira vez. Eu estava sentada no batente da
casa onde eu morava, por volta dos meus 6 anos de idade. Na década de 70
lembro-me da compra do meu primeiro livro, Pollyana, de autoria de Eleanor H. Porter, que
conta a história de uma menina que enfrenta dificuldade, sempre tirando o
melhor da situação. Li a maioria dos livros que compõem a minha biblioteca, no
entanto, o desejo de escrever ideias e projetos realizados, foi evoluindo a
partir dos resultados obtidos e registrados. Registros envelopados, estudos e
pesquisas, rascunhos de anotações de participações em eventos... O que fazer
com tanto material valioso? Tomei a decisão de escrever, de expor ideias e
intenções sem medos das críticas. Muitos rascunhos... Inúmeros começos e
recomeços...Hora de praticar o que a escola ensinou quando passava como “dever
de casa”, assistir ao documentário Amaral Neto, o repórter, e na segunda-feira,
ler em voz alta o relatório escrito. A escola cumpriu seu papel, a universidade
mais ainda. Desenvolvi o foco, a vontade e a capacidade, que hoje, na Era do
Conhecimento, são consideradas a CHAVE, para o profissional de qualquer área do mundo do trabalho. Pesquisa, monografias,
TCCs...O que se faz com o material estudado? Alguns, eu transformei em
palestras, no entanto, havia um chamado para protagonizar a escrita de um
livro. Ousei. Em 2007, criei o primeiro blog ORIENTANDO QUEM ORIENTA,
expressão baseada nas experiências da
época em que gerenciava o conhecimento pedagógico 52 escolas. Nele passei a comunicar e a
compartilhar ideias, não apenas minhas. Em meados de 2012 a Editora Leader,
usando sua lógica interna, observou a vitrine que é a rede social, e resolveu ESCUTAR
os valores que norteiam a minha jornada pessoal e profissional. Em seguida a
ABRACOAHING - Academia Brasileira de
Coaching apoia, e o livro ganha mais um
patrocínio. Portas se abrem. Torno-me escritora. Empresários visionários
apoiando uma Professora, Andreia Roma e Bruno Juliani, conhecem o ambiente
atual e suas exigências, e estão atentos para a criação de oportunidades para
quem tem projeto.
Professores, boas
práticas, você as tem!? Inspirem-se! Escrevam! Vamos juntos?
Andréia Roma pergunta:
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Sou grata por ter você, nos projetos
da Editora e na minha vida como parceira. Conte comigo.
Andréia Roma
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